O O feminino como constelação em devir nas literaturas africanas: um olhar para um conto de Mia Couto

Autores

  • Karoline Cipriano dos Santos Universidade do Extremo Sul Catarinense
  • Guilherme Orestes Canarim
  • Silvana Mazzuquello Teixeira

Resumo

Este trabalho trata do feminino como constelação em devir. Em especial, elaboramos alguns aspectos de uma tópica da expressão subjetiva feminina, por meio da leitura e análise do conto A menina de futuro torcido de Mia Couto. Nossa questão central é: de que maneira o conto A menina de futuro torcido evidencia os limiares do devir do feminino e suas constelações conceituais? Para explorarmos essa questão estabelecemos uma metodologia essencialmente bibliográfica, mas, também lançamos mão de elementos e instrumentos como revisão narrativa e abordagem ensaística. Partimos de três noções preliminares, que nos auxiliam na leitura, mas não nos limitamos categorialmente a elas. Com o suporte de autores como Oyewumi (2004), Adorno (2000), Silva (2016, 2017, 2020, 2021), entre outros, delineamos e evidenciamos algumas reflexões sobre o feminino, entendendo-o como um devir constelativo. Pudemos perceber muitas semelhanças com o Brasil e esboçar algum entendimento sobre essa semelhança, ainda que, em espaços geográficos distintos. A hipótese baseada em Oyewumi (2004), Brito e Paula (2013), entre outros autores, é que a colonização estendeu, violentamente, as relações de gênero da metrópole para as colônias, para os espaços roubados/invadidos. Pudemos perceber constelações conceituais entre feminino, pobreza, entretenimento, silenciamento e desespero pela sobrevivência.

Biografia do Autor

Karoline Cipriano dos Santos, Universidade do Extremo Sul Catarinense

Mestranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação UNESC com apoio do FUMDES. Graduada em Pedagogia. Foi bolsista de Iniciação Científica nos anos de 2017, 2018 e 2019 sob orientação do professor Dr. Alex Sander da Silva. Participou do Programa Residência Pedagógica Subprojeto Pedagogia em 2018 e 2019. Atua nas linhas de pesquisa Educação, Formação de professores, Narrativas, Educação não-formal, infâncias e vulnerabilidade. Atualmente está atuando em atividades administrativas e monitoria do sistema Moodle no Setor de Educação à Distância da UNESC. Integrante do GEFOCS (Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação, formação cultural e sociedade), coordenado pelo professor Dr. Alex Sander da Silva e pela Dra. Daini Barboza, de 2017 até o presente momento.

Guilherme Orestes Canarim

Graduando do curso de filosofia-licenciatura no Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Atualmente é membro do GEFOCS (Grupo De Estudos em Formação Cultura e Sociedade) e bolsista de iniciação cientifica do CNPq. Tem experiência em pesquisa no campo da educação, em especial nos temas: Formação Cultura, Filosofia da Educação e Teoria Crítica da Educação e Estética na Educação. Editor da Revista Saída desde 2015.

Silvana Mazzuquello Teixeira

Concluiu o ensino médio pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e foi bolsista em um projeto de pesquisa chamado "Projeto arquitetônico para longevidade", nos anos de 2015/2016. Graduada em Licenciatura em Letras, foi bolsista em Pesquisa com um projeto chamado "A influência da variação linguística no processo de aquisição de linguagem escrita: recorte no fenômeno da semivocalização", e bolsista em Extensão, com projeto intitulado "Leitura literária com detentos", todos pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC); Mestranda em Educação - UNESC, com temática sobre educação em prisões, até o momento. Suas pesquisas têm ênfase em Pesquisa e Docência, Políticas Públicas e Educação em Prisões/EJA.

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Publicado

2024-07-07