PSICOSE 4:48: A ESCRITA DE SI E O CSO EM SARAH KANE
Abstract
Sarah Kane, dramaturga da cena inglesa contemporânea, escreve sua última peça Psicose 4:48 (2000) enquanto estava em internação em um hospital psiquiátrico. O texto é permeado de memórias fragmentárias e inconstantes, também a dimensão do tempo está descontruída: não há noção de passado e presente, separação de eu e outro; em caráter de hibridismo (poema dramático, narrativo, concreto); um novo estado de expressão e percepção em uma escrita que é distante da estrutura tradicional de enredo. A fragmentação do sujeito contemporâneo é alcançada esteticamente com a utilização de recursos tais como: técnicas do fluxo de consciência, narrativa não linear, não especificação das personagens e do cenário, distorção do senso de realidade e falta de harmonia entre afetividade e pensamento. É pautada em uma Estética do Silêncio (Susan Sontag), que analisaremos os vãos e a cisão da personagem; também a melancólica aparição do Signo de Saturno (Susan Sontag), com a qual faremos algumas aproximações entre a proposta de teatro de Artaud e a autora. Há, em Sarah Kane, uma busca por um Corpo sem Órgãos (Deleuze e Guattari), por um Corpo-Gênese (Kunnich Uno), que se apresenta em texto enquanto Performance e Pecepção (Paul Zumthor). E sobre este corpo o texto segue.
Literaturhinweise
REFERÊNCIAS
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