LITERATURA ÍNTIMA: QUE MISTÉRIOS TÊM O DIÁRIO DE ALICE?

Authors

  • Marta Roque Branco Universidade Estadual Paulista (UNESP)
  • Paulo Bungart Neto Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Abstract

O artigo tem como corpus de análise dois textos, com características de diário, produzidos por Alice Vaz de Melo, uma escritora do interior de Mato Grosso do Sul, datados, respectivamente, de abril e agosto de 1962, e publicados na seção “Umas e outras” do jornal O grito, editado na cidade de Ivinhema-MS. O objetivo é o de compreender os escritos de Alice a partir dos pontos de vista defendidos por Philippe Lejeune ao teorizar, em seu Pacto autobiográfico, sobre o subgênero “diário” como importante tendência da literatura confessional. Também faz parte da discussão o espaço que a literatura íntima, até pouco tempo vista como um “gênero menor”, ocupa nos estudos literários contemporâneos, fato que se deve, em muito, aos pioneiros estudos de Philippe Lejeune e, posteriormente, a outros que seguiram o caminho aberto pelo pensador francês. O artigo também trabalha com conceitos teóricos de Leonor Arfuch (2010) e Eliane Zagury (1982).

Author Biographies

Marta Roque Branco, Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Marta Roque Branco possui Graduação em Letras (Licenciatura - Português/Literatura) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS, 2005), Especialização em Ciências da Linguagem pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS, 2008), Graduação em Informáica (Licenciatura) pela Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS, 2012), Mestrado em Letras (Literatura e Práticas Culturais) pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD, 2014). É Professora de Literatura e Língua Portuguesa, nas Escolas Estaduais Reynaldo Massi e Senador Filinto Muller. É doutoranda em Letras na área de Teoria e Estudos Literários pela Universidade Estadual Paulista - Julio de Mesquita Filho (UNESP - 2015/2019).

Paulo Bungart Neto, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)

Paulo Bungart Neto possui Graduação em Letras (Bacharelado - Português) pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, 1996), Mestrado em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, campus de Assis (UNESP, 2002), Doutorado em Letras (Literatura Comparada) pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, 2007), e Pós-Doutorado em Estudos Literários (com ênfase nas memórias da literatura brasileira contemporânea) pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG, 2013-2014). É Professor Associado I em Teoria da Literatura e Literatura Comparada: Crítica literária e cultural, na Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), atuando na Graduação e no Programa de Pós-Graduação em Letras (Mestrado) da UFGD como professor permanente, na área de Literatura e Práticas Culturais. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, Crítica Literária e Literatura Comparada, atuando principalmente nos seguintes temas: teoria e crítica literária, comparatismo, memorialismo sul-mato-grossense, memorialística modernista e contemporânea brasileira, obras sobre a ditadura militar, obras de: Augusto Meyer, Machado de Assis e Marcel Proust.

References

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BUNGART NETO, P. O reconhecimento tardio da autobiografia como gênero legítimo: Philippe Lejeune e seu “exército de um homem só”. In: ________; PINHEIRO, A. S. (Orgs.). Estudos culturais e contemporaneidade: literatura, história e memória. Dourados-MS: Editora UFGD, 2012, p. 161-180.

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Published

2017-08-01