Desventuras do feminino em A filha perdida, de Elena Ferrante

Autores/as

Resumen

Com o propósito de discutir o ideário de maternidade em A filha perdida, de Elena Ferrante, esse artigo adotou os elementos narrativos como categorias de análise, a partir dos quais se buscou identificar os espaços ocupados pela mulher na sociedade. Esse enfoque foi norteado pelo método dialético e por pressupostos teóricos estabelecidos por Carlos Reis, que compreende a narratologia a partir da exteriorização, tendência objetiva e sucessividade, e dos seus níveis de inserção: ação, enredo, tempo, espaço, narrador e personagem. As leituras de Antonio Candido contribuíram para entender a construção da protagonista no romance, bem como as perspectivas oferecidas por Simone de Beauvoir e Elisabeth Badinter, referências sobre a idealização do instinto e amor maternos. À guisa de conclusão, ponderamos que a representação das personas de mãe, mulher e filha no romance enseja entender o conceito de maternidade sob a permanente dicotomia mantida entre poder e opressão, autorrealização e sacrifício.

Biografía del autor/a

JOÃO BATISTA PEREIRA, UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

PROFESSOR ADJUNTO DO DEPARTAMENTO DE LETRAS DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DE PERNAMBUCO

Málini de Figueiredo Ferraz, UFRPE

Mestranda no Programa de Pós-Graduação em Estudos da Linguagem - PROGEL, na UFRPE.

Publicado

2022-09-26