BR-TRANS: A AMBIGUIDADE METATEATRAL DA AUTOFICÇÃO

Autori

  • Ricardo Augusto de Lima Universidade Estadual de Londrina

Abstract

Por muito tempo se pensou na impossibilidade de um teatro autobiográfico devido à clássica definição de autobiografia que Philippe Lejeune (2008, p. 33) cita em O pacto autobiográfico: “narrativa retrospectiva em prosa que alguém faz de sua própria existência”. Entretanto, ao longo dos séculos XIX e XX, notamos tentativas variadas de um teatro do eu e do real manifestadas em diferentes formas dramáticas, culminando com um teatro explicitamente autobiográfico no final do século XX que mantém, por outro lado, seu caráter ficcional. A autoficção se mostra, assim, uma teoria que abriga textos nos quais o discurso se torna crítico e metatextual devido a essa fricção entre realidade e ficção, alterando o modo como a obra é recebida pelo leitor/espectador, permitindo inclusive seu emprego na cena. Desta forma, este artigo objetiva analisar o teatro autoficcional existente no espetáculo BR-Trans, do ator e dramaturgo Silvero Pereira, e sua potência metateatral.

Biografia autore

Ricardo Augusto de Lima, Universidade Estadual de Londrina

Doutorando em Letras, Estudos Literários, na Universidade Estadual de Londrina, e professor assistente no Departamento de Teoria Literária da Universidade Estadual de Maringá.

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Pubblicato

2017-08-01