UMA PALAVRA AMARGA: LEITURA DO ROMANCE VERMELHO AMARGO PELO VIÉS MEMORIALÍSTICO
Abstract
Este artigo busca analisar a obra Vermelho Amargo, de Bartolomeu Campos de Queirós, a partir de uma abordagem memorialística, tendo em vista a composição formal da narrativa. Nessa perspectiva, a presente pesquisa procura demonstrar como o relato desse narrador aturdido possibilita a observação de uma relação familiar deteriorada, graças à ausência da figura materna e a chegada traumática de sua madrasta. Assim, por meio de complexas estratégias textuais empreendidas ao longo das cenas enunciativas do romance, notam-se os múltiplos matizes de um retrato familiar em ruínas, metaforizados nas inúmeras ocorrências do signo ‘tomate’, e que afetam esse sujeito atormentado por suas memórias até o final de sua vida.
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