A METÁFORA COMO POSSIBILIDADE AUTOBIOGRÁFICA: UM BREVE ENSAIO

Autores

  • Ana Carolina de Azevedo Guedes Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Resumo

O presente trabalho visa à apresentação do ensaio de Virginia Woolf (1882 – 1941), “O Sol e o Peixe”, publicado em 1927, através de um esforço inicial de pensarmos a análise do uso da metáfora como possibilidade explicativa, utilizando como ponto de partida a experiência de leitura do conto. Tendo como mote o eclipse solar ocorrido em 1927, proponho o questionamento em torno da visão, da metáfora e da experiência do vivido frente ao uso de mecanismos ficcionais para a descrição do acontecimento. Para isto, utilizo como interlocutor a obra Naufrágio com Espectador de Hans Blumenberg. Analisando a narrativa de Virginia Woolf, a proposta é “mergulhar dentro o olho” e da experiência ali narrada, iniciando com a visão de londrinos caminhando para o norte a fim de testemunhar algo grandioso: a natureza em seu sentido mais puro e em como isso resultaria em uma experiência passível de ser narrada apenas no embate entre o indivíduo e os outros que partilham daquele momento.

Biografia do Autor

Ana Carolina de Azevedo Guedes, Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio)

Doutoranda pela Pontíficia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio) no Programa de Pós-Graduação em História Social da Cultura, Mestrado e graduação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).

Referências

AUSTEN, Jane. Orgulho e Preconceito. São Paulo: Companhia Martin Claret, 2009.

BLUMENBERG, Hans. Naufrágio com espectador: paradigma de uma metáfora de existência. Tradução: Manuel Loureiro. Lisboa: Vega Limitada, 1990.

SIMMEL, Georg. A filosofia do amor. Tradução: Eduardo Brandão. 3ª edição. São Paulo: Martins Fontes, 2006.

WOOLF, Virginia. O sol e o peixe: prosas poéticas. Seleção e tradução Tomaz Tadeu. 1º edição. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

_______________. Momentos de vida. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986.

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Publicado

2017-12-01

Edição

Seção

Estudos Literários