As escritas de si – e do outro – na autobiografia americana de Dany Laferrière
Abstract
Dany Laferrière chegou no Quebec em 1976, fugindo da ditadura de Jean-Claude Duvalier (mais conhecido como Baby Doc) no Haiti. Em terras estrangeiras, Laferrière desenvolveu um conjunto de dez obras, que Laferrière definiu como sua autobiografia americana. Embora o autor empregue o termo “autobiografia”, este não seria o termo adequado para classificar a escrita dessas dez obras. Isso porque os relatos de sua vida no Haiti até os 23 anos (ciclo haitiano) e os relatos de sua vida no Canadá e nos Estados Unidos enquanto negro e migrante (ciclo americano) são permeados por situações ficcionais, de modo que o pacto de veracidade que caracteriza uma autobiografia não ocorre (LEJEUNE, 2008). Entretanto, outras classificações são possíveis. Sendo assim, a análise da escrita de si que representa a autobiographie américaine de Laferrière terá como referência a tese de Diana Irene Klinger, defendida na UERJ: Escritas de si, escritas do outro: autoficção e etnografia na narrativa latino-americana contemporânea.
Riferimenti bibliografici
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