LA NIÑA DE LOS OJOS GRANDES” DE ÁNGELES MASTRETTA Y EL PODER DE LA PALABRA
DOI:
https://doi.org/10.36517/geppele.11.2023.20-30Palavras-chave:
memoria. colectividad. lenguaje. literatura. Angeles MastretaResumo
O presente trabalho busca, por meio de uma leitura interpretativa e crítica, identificar de que maneira se explicita o poder da palavra como instrumento de manutenção da memória no conto "La Niña de los Ojos Grandes", publicado em 1991 pela autora mexicana Angeles Mastretta. Este artigo nasce tanto da percepção do pequeno número de estudos brasileiros referentes à obra da escritora, restritos a uma ou duas de suas publicações mais conhecidas, quanto do desejo de propor uma perspectiva de análise fora do quadro em que estes ocorrem, buscando, em quatro seções, compreender como Mastretta conseguiu, em um conto de tão curta extensão, exemplificar magnificamente a importância e o poder da palavra, tanto no processo de consolidação de memórias individuais e coletivas, quanto na construção do "Eu". Dessa forma, a análise da obra ocorre com base nos conceitos propostos por Maurice-Halbwachs (2006) e Michael Pollak (1992) sobre o funcionamento e a manutenção da memória coletiva e individual, respectivamente, bem como a relação indivisível entre memória e linguagem, defendida por Fentress e Wickham (1994). Ao final, fica claro que a obra analisada foi construída de tal forma que permite que os leitores naveguem por diferentes campos conceituais, mas sem jamais se afastar da perspectiva do ser feminino.