Da cultura do impresso às práticas informacionais em uma biblioteca patrimonial
DOI:
https://doi.org/10.32810/2525-3468.ip.v4iEspecial.2019.41146.101-120Palabras clave:
Estudos de usuários, Práticas Informacionais, Diamantina, Biblioteca Antônio Torres.Resumen
Este artigo tem por objetivo apresentar e discutir os resultados de uma pesquisa de pós-doutorado realizada junto ao grupo de Estudos em Práticas Informacionais e Cultura (EPIC) da Escola de Ciência da Informação da Universidade Federal de Minas Gerais que teve por objeto uma Biblioteca subordinada à administração regional do Iphan, abrigada em um edifício tombado desde 1954, a Casa do Muxarabiê, localizada no centro de Diamantina, Minas Gerais. A biblioteca é analisada a partir do conceito de práticas informacionais engendradas pelos usuários que a frequentam (estudantes, turistas e pesquisadores) e seus profissionais em suas ações cotidianas, experiências e aprendizagens. A investigação utiliza como estratégias metodológicas a pesquisa documental e entrevistas semiestruturadas com diferentes usuários. A partir da análise documental e das falas dos usuários estabelece-se questionamentos em relação ao lugar social da biblioteca como parte da paisagem e patrimônio da cidade. Postula-se que a relação entre instituição e usuários desencadeia práticas de produção de conteúdos informacionais diversificadas. Destaca-se como resultado da pesquisa que esta instituição não apresenta em suas ações cotidianas uma separação rígida entre as funções de arquivo, biblioteca e museu e, não se exibe claramente aos diferentes públicos com todas as potencialidades educativas decorrentes da riqueza de linguagens documentárias e de seus conteúdos específicos estando aberta a novas práticas informacionais.Descargas
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