Produção e tipologia documental de movimentos sociais
estudo sobre o arquivo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terras do Brasil (MST)
DOI:
https://doi.org/10.32810/2525-3468.ip.v4i2.2019.42191.121-136Palabras clave:
Arquivo de Movimentos Sociais. Produção Documental. Tipologia Documental. Documento Popular.Resumen
Este artigo tem como objetivo discutir a contribuição da tipologia documental para a organização e contextualização de documentos produzidos por movimentos sociais. Para tanto, a reflexão baseia-se em um trabalho metateórico e um estudo de caso realizado no arquivo do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Brasil (MST), um dos movimentos de penetração social mais bem organizados e amplos do país. Como resultado, constatou-se que a produção de registros dessa organização social mantém os elementos característicos dos documentos de arquivo, ainda que sejam produzidos em organizações não caracterizadas como uma entidade jurídica. Da mesma forma, foi possível identificar que os documentos populares, representação documental típica dos movimentos sociais, têm valor educativo, cultural e exercem o ato comunicativo em todos os momentos, permitindo a recuperação de relações orgânicas, muitas vezes pouco evidentes, mas que também confirmam arquivística dos documentos produzidos por essas não instituições, no sentido tradicional.
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