Uma Análise fenomenológica da mediação a partir das perspectivas filosófica (Hegel), social (Marx) e psicológica educacional (Vygotsky)
DOI :
https://doi.org/10.36517/2525-3468.ip.v8iesp.2023.89214.252-276Mots-clés :
Mediação, Mediação da Informação, FenomenologiaRésumé
Os estudos e projetos de mediação da informação têm crescido na Ciência da Informação (CI), já então consolidada como prática e objeto da área. Assim, novos estudos no âmbito científico têm se desenvolvido na área em busca de caracterizar e diagnosticar aspectos de atuação e desenvolvimento da mediação na atuação de seus profissionais. Identificou-se, porém, que uma melhor identificação e delimitação dos aspectos envolvidos no conceito de mediação da informação em sua aplicação na CI poderiam contribuir para estes estudos, explorando suas possibilidades e limitações. A fenomenologia traz a possibilidade de encontrar na subjetividade exposta em realidades complexas a objetividade que não pode ser separada do fenômeno, mas que, separada dele, não deixa de ser axioma da relação estabelecida; ela caracteriza, portanto, um norte que visa explorar fenômenos sem desconsiderar uma cadeia fenomenológica que os impacta. O objetivo principal deste trabalho foi então analisar aspectos da natureza da mediação com o auxílio da fenomenologia e a partir das perspectivas filosófica (Hegel), social (Marx) e psicológica educacional (Vygotsky). Assume-se que esses autores possibilitam a visão da mediação a partir de um patamar mais amplo - a partir da existência e relação que se estabelece com o mundo e a cultura. A pesquisa, de natureza qualitativa, foi delineada a partir de uma pesquisa bibliográfica e com apoio e orientações do método Análise Textual Discursiva para análise dos dados. Como resultado, identificou-se que, a partir das concepções estudadas, a atividade de mediar se ancora na busca do impacto no desenvolvimento humano, no âmbito imaterial da consciência e do processo cognitivo humano – carrega características de transformação, evolução e/ou superação, ressaltando a importância de espaços sociais, apropriação, e impactos recíprocos ou reflexivos materiais da mediação.
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