L’INCIDENCE DE L’ÉLITE SUR L’INTERVENTIONNISME DE L’ÉTAT ET SUR LA TYPOLOGIE DU SYSTEME FISCAL: UNE APPROCHE A PARTIR DU CHANGEMENT SOCIAL DU POST-RÉVOLUTION INDUSTRIELLE

Autores/as

  • Maurin Almeida Falcão Groupement Européen de Recherches en Finances Publiques de l’Université de Paris I-Panthéon-Sorbonne

Palabras clave:

Sociedade pós-revolução Industrial, Mudança social, Intervencionismo, Tipologia dos sistemas tributários

Resumen

Este artigo se propõe a demonstrar a influência da elite sobre as estratégias de intervenção do Estado e a tipologia do sistema tributário. Em realidade, o conflito de classes ocorrido na fase pós-Revolução Industrial foi responsável pela aparição de uma elite em oposição ao progresso social. Em conseqüência, uma teoria da elite surge na onda da mudança social com vistas a esclarecer o domínio exercido por uma minoria organizada sobre a maioria desorganizada. Dessa forma, a divisão das classes entre governantes e governados serviu de molde ao pensamento de Mosca, Pareto e Mill, estes à busca dos argumentos destinados a explicar as relações do corpo social. A teoria das elites nasce em um momento de turbulências sociais marcadas pelo crescimento do progresso social e pelos novos horizontes da democracia. Sem dúvida, as minorias organizadas expuseram desde o primeiro momento, a intenção de estar à frente das decisões sociopolíticas, o que lhes proporcionou uma posição privilegiada para organizar a democracia conforme os seus valores. Nesse sentido, a elite pode executar uma estratégia voltada para o controle da riqueza social, dos meios de produção, das políticas públicas e do sistema jurídico. No que se refere ao sistema tributário, a elite trabalhou no sentido de reduzir os efeitos do discurso de justiça fiscal apoiado na progressividade. Por esta razão, a tipologia do sistema tributário obedece a uma lógica segundo a qual é preciso repercutir sobre a maioria do corpo social, o custo decorrente do financiamento do Estado. Dispondo, portanto, de qualidades que os diferencia da massa, a elite soube utilizar corretamente os seus trunfos para chegar ao alto da pirâmide social.

Biografía del autor/a

Maurin Almeida Falcão, Groupement Européen de Recherches en Finances Publiques de l’Université de Paris I-Panthéon-Sorbonne

Professeur à l’Université Catholique de Brasilia, membre de l’Institut International de Sciences Fiscales et Chercheur-visiteur du Groupement Européen de Recherches en Finances Publiques de l’Université de Paris I-Panthéon-Sorbonne.

Citas

ALBERTONI, Ettore A. « La doctrine de classe politique de Gaetano Mosca ; Formation, subdivision périodique, interprétations critiques et problèmes théoriques (1879-1982). » in Études sur la pensée politique de Gaetano Mosca sous la direction d’Ettore A. ALBERTONI, Milano/Montréal1984, p. 21-77.

ARON, Raymond. La lutte de classes — nouvelles leçons sur les sociétés industrielles. Paris: Gallimard, 1964.

BOTTOMORE, T. B. Elites and society. London: C. A. Watts @ Co. Ltd, 1964.

BOUVIER-AJAM, Maurice, IBARROLA, Jésus, PASQUARELLI, Nicolas. Dictionnaire économique et social. Paris: Éditions Sociales, 1975.

BRASSEUL, Jacques. Petite histoire des faits économiques et sociaux. Paris: Armand Colin, 2001.

BUSINO, Giovanni. Elites et élitisme. Paris: Presses Universitaires de France, 1992.

DOSTALER, Gilles. Le libéralisme de Hayek. Paris: La Découverte, 2001.

FALCÃO, Maurin Almeida. « O Estado, o mercado e as transformações econômicas, políticas e sociais determinantes de uma economia política do tributo ». Revista Brasileira de Estudos Políticos, 2012, 104, jan/jun 2012, p. 263-289.

FITOUSSI, Jean-Paul, ROSANVALLON. Pierre. Le nouvel âge des inégalités. Paris: Seuil, 1996.

GÉNÉREUX, Jacques. L’économie politique — analyse économique des choix publics et de la vie politique. Paris: Larousse Bordas, 1996.

GENIEYS, William. Sociologie politique des élites. Paris: Armand Colin, 2011.

GILPIN, Robert. A economia política das relações internacionais. Traduit de l’anglais par Sérgio Bath. Brasília: Universidade de Brasília, 2002.

MEYNAUD, Jean, Les groupes de pression. Paris: Presses Universitaires de France, 1960.

MICHELS, Robert. Partis politiques — essai sur les tendances oligarchiques des démocraties. Traduit par S. Jankelevitch; Paris: Ernest Flammarion, 1914.

MILLS, C. Wright. The Power Elite. New York: Oxford University Press, 1959.

MITCHELL, William C., SIMMONS, Randy T. Para além da política — mercados, bem-estar social e o fracasso da burocracia. Trad. Par Jorge Ritter. São Paulo: Topbooks, 2003.

MOSCA, Gaetano. The rulling society.Traduit par Hannah D. Kahn. New York-London: McGrawn Hill Book Company, Inc., 1939.

MUSGRAVE, Richard A. The Theory of Public Finance. New York: McGrawn-Hill, 1959.

PARETO, Vilfredo. Traité de sociologie générale. Lausanne-Paris: Payot & Cie., 1919.

PERISSINOTTO, Renato. As elites políticas — questões de teoria e método. Curitiba: IBPEX, 2009.

PIKETTY, Thomas. L’économie des inégalités. 6a. Ed. Paris: La découverte, 2008.

ROCHER, Guy. Le changement social. Paris: HMH, Ltée, 1968.

ROSANVALLON, Pierre. La nouvelle question sociale — repenser l’Etat-providence. Paris: Seuil, 1985.

TOURAINE, Alain. Sociologie de l’action. Paris: Seuil, 1965.

TRÉMOULINAS, Alexis. Comprendre la fiscalité. Paris: Bréal, 2011.

TREMOULINAS, Alexis. Sociologie des changements sociaux. Paris: La Découverte, 2006.

WALRAS, Léon. Éléments d’économie politique. Paris: Librairie Général de Droit et de Jurisprudence, 1952.

WOLFELSPERGER, Alain. Économie publique. Paris: Presses Universitaires de France, 1995.

Publicado

2014-11-30

Número

Sección

Doutrina Estrangeira