POR UMA POÉTICA DO DIREITO: INTRODUÇÃO A UMA TEORIA IMAGINÁRIA DO DIREITO (E DA TOTALIDADE)

Autores/as

  • Willis Santiago Guerra Filho Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Palabras clave:

Teoria do Direito, Epistemologia, Imaginação, Poética

Resumen

O artigo propõe a retomada de estudos do direito situados em um quadro mais amplo, tal como idealizado e, a seu tempo, em parte, também realizado pelo italiano Giambattista Vico, no século XVIII, quando contrapôs ao racionalismo de matriz cartesiana uma abordagem calcada no que se pode denominar a utilização poética da linguagem, o que converge para os estudos contemporâneos em filosofia, quando se vê na linguagem o que há de mais fundamental a ser perquirido, bem como com propostas as mais diversas, oriundas igualmente das ciências humanas, no sentido de apontar para o caráter fundante que tem a imaginação no esforço humano de entender qualquer manifestação mundana ou consciencial.

Biografía del autor/a

Willis Santiago Guerra Filho, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro

Professor Titular do Centro de Ciências Jurídicas e Políticas da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e da Faculdade Farias Brito (FFB-CE). Professor Efetivo do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Professor Convidado do Programa de Pós-Graduação em Direito da Universidade Candido Mendes (UCAM-RJ). Pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie e da Universidade Paulista (UNIP). Doutor em Ciência Jurídica pela Universidade de Bielefeld (Alemanha). Pós-Doutor em Filosofia pelo Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Livre-Docente em Filosofia do Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal do Ceará (UFC).

Citas

AMORIM, Silvana Vieira da Silva. Guillaume Apollinaire: fábula e lírica. São Paulo: UNESP, 2003.

ATTIÊ FILHO, Miguel. Os sentidos internos em Ibn Sînâ (Avicena). Porto Alegre: EDIPUCRS, 2000.

BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Tradução de Remberto Francisco Kuhnen. São Paulo: Abril, 1978.

BELLO, Angela Ales. Culturas e religiões. Uma leitura fenomenológica. Tradução de Antonio Angonese. Bauru (SP): EDUSC, 1998.

BRETON, André. Conversaciones (1913 – 1952). Tradução de Letícia Piccone. México: F.C.E., 1987.

BRITTON, Ronald. Crença e imaginação. Tradução de Liana Pinto Chaves. Rio de Janeiro: Imago, 2003.

CAMPBELL, Joseph. Isto és tu. Redimensionando a metáfora religiosa. Tradução de Edson Bini. São Paulo: Landy, 2002.

DA SILVA, Vicente Ferreira. Reflexões sobre a ocultação do ser. In: Ensaios Filosóficos. São Paulo: Instituto Progresso Editorial, 1948.

DUMONT, Louis. O Individualismo. Uma perspectiva antropológica da ideologia moderna. Tradução de Álvaro Cabral. Rio de Janeiro: Rocco, 1993.

DURAND, Gilbert. A imaginação simbólica. São Paulo: CULTRIX/EDUSP, 1988.

GARCÍA, Antonio Regalado. El laberinto de la razón: Ortega y Heidegger. Madrid: Alianza, 1990.

GUERRA FILHO, Willis Santiago, Lei, Direito e Poder em Guilherme de Ockham, In: Direito e poder. Estudos em homenagem a Nelson Saldanha, Heleno Taveira Torres (Coord.), Barueri (SP): Manole, 2005.

_________. Por uma crítica fenomenológica ao formalismo da ciência dogmático-jurídica. In: Revista Opinião Jurídica, n. 5, Fortaleza: Faculdade Christus, 2005.

_________. Sobre a estrutura medieval do pensamento filosófico e jurídico. In: Revista Opinião Jurídica, n. 3, Fortaleza: Faculdade Christus, 2004.

_________. Teoria da Ciência Jurídica. 2ª. ed., São Paulo: Saraiva, 2009.

GUERREIRO, Mario Antonio. O problema da ficção na filosofia analítica. Londrina: UEL, 1999.

HEIDEGGER, Martin. Metafísica de Aristóteles. Tradução de E. P. GIACHINI. São Paulo: Vozes, 2007.

_________. Os Conceitos fundamentais da metafísica: mundo, finitude, solidão.Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2003.

HEISENBERG, Werner. A ordenação da realidade. Tradução de Marco Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

KANTOROWICZ, Ernst H. Os dois corpos do rei. Um estudo sobre teologia política medieval. Tradução de Cid Knipel Moreira. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

LEGENDRE, Pierre. Leçons II: L’empire de la véritè. Introduction aux espaces dogmatiques industriels. Paris: Fayard, 1983.

POLANCO, Valentín Fernández. Los precedentes medievales del criticismo kantiano. In: Revista de Filosofía, vol. 28, núm. 2, Madrid, 2003.

REINER, Hans. “O surgimento e o significado original do nome Metafísica”. In: Sobre a Metafísica de Aristóteles (Textos Selecionados), Marco ZINGANO (org.), São Paulo: Odysseus, 2005.

RICOUER, P. Le conflit des herméneutiques, épistémologie des interprétations. In: Cahiers Internationaux de Symbolisme, Paris, 1963.

SARTRE, J.-P. L’Imaginaire. Paris: Gallimard, 1940.

STEIN, Ernildo. Introdução ao pensamento de Martin Heidegger. Porto Alegre: Ithaca, 1966.

VAZ, Henrique de Lima. Ética e direito. São Paulo: Landy/Loyola, 2002.

Publicado

2017-02-13

Número

Sección

Doutrina Nacional