Em torno da pichação e sua semiose, uma reflexão
Resumo
A pichação constitui um operador de sentidos no fluxo urbano. Compreender sua semiose a partir da Semiótica Peirceana é o propósito deste estudo1. Para tanto, recuperamos o olhar peirceano, valorizando a relação do tipo «com» que constitui a semiose nucleada em sua tríade sígnica, a escala perceptiva a partir da primeiridade, secundidade e terceiridade, as tricotomias, a consciência do faneron, a possibilidade do musement e do raciocínio abdutivo a partir da potência que parece compor a pichação. A partir desse subsídio teórico, nos propusemos um exercício interpretativo de aproximação das intervenções urbanas. Como percurso metodológico, adotamos algo similar ao deambular por ruas de diversas cidades, onde também fotografamos as pichações com que interagíamos e, então, nos permitimos despertar em dinâmica abdutiva e pensar sobre essas potências de ressignificação do cotidiano. A tensão constituidora da semiose pichação apresenta-se como acionadora de possibilidades e do acordar para a alteridade e o pertencimento como operadores de sentido cruciais na vivência do urbano.
Palavras-chave: Pichação. Semiose. Tríade Peirceana. Faneron. Abdução.
1Este estudo integra a pesquisa em fase de conclusão para a tese, na área de comunicação, sobre a pichação como semiose iconoclasta.
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