Greta Thunberg e o caso “pirralha”

a representação da adolescência ativista no jornalismo brasileiro

Autores

  • Beatriz Garcia Borghini Pontifícia Universidade Católica de Campinas
  • Juliana Doretto Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Resumo

Este artigo tem o objetivo de investigar a representação midiática da jovem Greta Thunberg no episódio em que foi chamada pelo presidente da República do Brasil, Jair Bolsonaro, de “pirralha”, em 2019, após a ativista ter criticado a falta de medidas do governo brasileiro para a proteção aos povos indígenas. Tendo como base teórica estudos sobre a representação da adolescência na mídia, a pesquisa se volta à investigação de materiais jornalísticos da mídia nacional que cobriram o caso, a partir da análise de conteúdo, segundo Bardin (2002). Entre os resultados encontrados, notamos que a cobertura deu destaque para a jovem nas imagens publicadas, mas reproduziram estereótipos ligados ao ideal contemporâneo de adolescência, ressaltando a condição juvenil de Greta e sua postura rebelde.

Biografia do Autor

Beatriz Garcia Borghini, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Graduanda em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas, atualmente cursando o oitavo semestre. Foi bolsista de Iniciação Científica Fapic/Reitoria e membro do Grupo de Pesquisa Sociedade Mediatizada: processos, tecnologia e linguagem. Foi monitora do Portal Digitais como repórter e editora no ano de 2020 e atualmente atua como estagiária em comunicação.

Juliana Doretto, Pontifícia Universidade Católica de Campinas

Doutora em Ciências da Comunicação pela Universidade Nova de Lisboa, na área de Estudo dos Media e do Jornalismo (2016; bolsa Capes; titulo reconhecido pela Universidade de São Paulo). Mestre em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade de São Paulo (2010; bolsa CNPq). Possui graduação em Comunicação Social - Jornalismo, também pela Universidade de São Paulo (2002). Docente e pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Linguagens, Mídia e Arte, da Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Foi professora dos cursos de comunicação social do Centro Universitário FAM, em 2019. Foi docente do Programa de Mestrado Profissional em Jornalismo e da graduação em jornalismo do Fiam-Faam Centro Universitário em 2017 e 2018. Fez parte do projeto europeu Net Children Go Mobile, que reuniu sete países, tendo participado na pesquisa desenvolvida em Portugal. Passou pelo Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic/Unesco - CGI.br), sendo responsável pela pesquisa TIC Cultura, que investigava a oferta e o consumo de produtos culturais por meio das tecnologias digitais. Como jornalista, trabalhou no portal UOL (de 2006 a 2010) e em diversos suplementos da Folha de S.Paulo (de 2002 a 2006). É membro de grupo Sociedade Mediatizada (PUC-Campinas), pesquisadora cofundadora da Recria (Rede de Pesquisa em Comunicação, Infâncias e Adolescências), membro da rede de pesquisa Metacrítica, assessora do podcast Radinho BdF, produção para crianças do Brasil de Fato, e mentora na área de infância e adolescência da Agência Mural de Jornalismo das Periferias. Jornalista Amiga da Criança (diploma concedido pela Andi - Comunicação e Direitos). Editora-chefe da revista Pós-Limiar (PUC-Campinas). Áreas de atuação: mídia, infância e adolescência; jornalismo infantojuvenil; estudos de recepção; pesquisa quantitativa.

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Publicado

2022-10-07

Como Citar

Borghini, B. G., & Doretto, J. (2022). Greta Thunberg e o caso “pirralha”: a representação da adolescência ativista no jornalismo brasileiro. Passagens: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Comunicação Da Universidade Federal Do Ceará, 13, 1–25. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/passagens/article/view/71833