“Só tem que ter coragem e denunciar”

feminicídio no telejornalismo, poder pastoral e pedagogia midiática

Autores

  • Júlia Cavalcanti Versiani dos Anjos Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.36517/psg.v15iespecial.93843

Resumo

O presente trabalho discute a mídia como dispositivo pedagógico de subjetividades femininas, analisando o modo como profissionais do jornalismo e autoridades jurídico-policiais buscam, por meio do discurso em matérias jornalísticas sobre feminicídio, conduzir mulheres vítimas de violência a uma atuação considerada por eles como ideal. Além de empregar a análise do discurso de inspiração foucaultiana como guia metodológico de exame das matérias do corpus (composto por reportagens de telejornais da Rede Globo, veiculadas entre 2018 e 2020), o artigo também propõe um diálogo com contribuições de Foucault sobre a modalidade pastoral de poder, especialmente no que diz respeito às técnicas de confissão e exame de si.

Biografia do Autor

Júlia Cavalcanti Versiani dos Anjos, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora e Mestre em Comunicação e Cultura pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ). Atualmente, é pesquisadora vinculada ao Programa Nacional de Apoio à Pesquisa da Fundação Biblioteca Nacional. Graduou-se em Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda pela ESPM. Integra o Núcleo de Estudos de Mídia, Emoções e Sociabilidade (NEMES-UFRJ). Seus interesses de pesquisa incluem estudos de gênero, emoções, violência de gênero, feminismo, mídia, tecnologias de comunicação e informação e cibercultura.

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Publicado

2024-10-15

Como Citar

Anjos, J. C. V. dos. (2024). “Só tem que ter coragem e denunciar”: feminicídio no telejornalismo, poder pastoral e pedagogia midiática. Passagens: Revista Do Programa De Pós-Graduação Em Comunicação Da Universidade Federal Do Ceará, 15(especial), 30–54. https://doi.org/10.36517/psg.v15iespecial.93843

Edição

Seção

Dossiê Foucault, 40 anos: pensamento, acontecimento e resistência