A performance drag e suas implicações no discurso de gênero
DOI:
https://doi.org/10.36517/psg.v15i3%20especial.93861Resumo
Foucault nos apresenta uma outra dimensão do poder em relação às que estavam disponíveis até então. O poder agora se dá na fabricação e controle dos sujeitos, na regulação dos corpos, na produção dos discursos, na incitação do falar sobre sexo. Essas incitações que se constroem no âmbito do discurso são cotidianamente reforçadas e mergulham toda a experiência humana numa identidade que é sexual. Dentro dessa lógica que gere nossa vida, inevitavelmente emergem formas de resistência que tentam contornar as verdades que se estabelecem a partir das disputas sobre o corpo, combatendo tudo aquilo que tenta postular uma espécie de natureza sexual, a partir de práticas sociais pautadas em signos que foram generificado. Dentre estas tantas formas que se mobilizam contra as hegemonias do sexo, surgiu o fenômeno drag. Uma prática de dimensão artística e política, que repensa o uso e as formas do nosso corpo. Pode a drag contribuir de alguma forma relevante para uma mudança nessa estrutura opressora, que vamos chamar no decorrer da discussão de “sistema sexo-gênero”? Ou o desempenho dela nesse conflito contra uma cisheteronormatividade é pouco efetivo e não se aproxima de nenhuma mudança estrutural mais radical? É intrínseco a essa arte alguma intenção de mudança nas normas e códigos sociais que perpassam o gênero? Ou estaria ela contribuindo com algum reforço ou manutenção dessas normas?
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