“They are born to die ": a psychosocial analysis of the problem of homicides of young people in Fortaleza
Keywords:
Homicide, Youth, Psychosocial analysis.Abstract
Data on the issue of urban violence involving young people make it possible to consider the scale of homicides in this segment as one of the main mechanisms of social control of impoverished and stigmatized populations and territories, becoming one of the main ethical-political challenges in the Brazilian scenario. The city of Fortaleza has worrisome indicators on the number of homicides involving juvenile segments, presenting the highest rate of homicides in adolescence (IHA) among the Brazilian capitals. Therefore, the purpose of this article is to problematize the phenomenon of juvenile homicides in the city of Fortaleza from the psychosocial point of view, taking it as an analyzer of the implications of the power relations and the contemporary modes of subjectivation in the daily life of Brazilian urban margins . The problematization will be developed in the dialogues of Social Psychology with authors like Foucault, Deleuze, Guattari and Agamben. The processes of subjection of poor young people in Brazil are analyzed because of their association with risk and violence, as well as the psychosocial processes that produce young people who are "unworthy of life" and that are called "involved".Downloads
References
Agamben, G. (2009). Homo Sacer: o poder soberano e a vida nua 1. Belo Horizonte: Editora UFMG.
Barros, J. P. P., Acioly, L. F., & Ribeiro, J. A. D. (2016). Re-tratos da juventude na cidade de Fortaleza: direitos humanos e intervenções micropolíticas. Revista de psicologia, 7(1), 84-93.
Batista, V.M. (2003). Difíceis ganhos fáceis: drogas e juventude pobre no Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Renavan.
Batista, V.M. (2015). Estado de Polícia. In: B. Kucinski. (Org.). A violência policial no Brasil e os desafios para sua superação. São Paulo: Boitempo, 2015.
Bicalho, P. P., Barbosa, R. B., MEZA, A. P. S. (2015). In A. Scisleski, N. Guareschi. (Org.). Juventudes, marginalidade social e direitos humanos: da psicologia às políticas públicas. Porto Alegre: EdiPUCRS.
Brasil. (2014). Levantamento Nacional de informações penitenciárias. Brasília: Ministério da Justiça. Departamento Penitenciário Nacional.
Coimbra, C. (2001). Operação Rio: o mito das classes perigosas. Rio de janeiro: intertexto.
Coimbra, C., & Nascimento, M. L. (2003). A produção de crianças e jovens perigosos: a quem interessa. Rio de Janeiro: DP & A, 58-63.
Fortaleza (2016). Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza. (2016). Homicídios de crianças e adolescentes de 10 a 19 anos em Fortaleza: análise epidemiológica e espacial 2000-2016. Fortaleza: Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza.
Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública. 2015.
Foucault, M. (1987). Vigiar e Punir. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes. 1987.
Foucault, M. (1988). A história da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2008.
Foucault, M. (2005). Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes.
Foucault, M. (2006). A verdade e as formas jurídicas. Rio de Janeiro: NAU.
Foucault, M. (2008). A arqueologia do saber. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Fraga, P.C.P. (2004). Política, isolamento e solidão: práticas sociais na produção da violência contra jovens. In: SALES, M. A.; MATOS, M.C; LEAL, M. C. Política social, família e juventude: uma questão de direitos. Rio de Janeiro: Cortez Editora.
Freixo, M. (2015). Polícia e direitos humanos. In B. Kucinski. (Org.). A violência policial no Brasil e os desafios para sua superação. São Paulo: Boitempo.
Guattari, F. (1996) Caosmose: um novo paradigma estético. São Paulo: Editora 34, 1996.
Lemos, F. C. S., Bicalho, P. P. G., Alvarez, M. C.; Brício, V. N. Governamentalidades neoliberais e dispositivos de segurança. (2015). Revista Psicologia & Sociedade, 27 (2).
Lemos, F.C.S., Scheinvar, E., & Nascimento, M.L. (2012). Uma análise do acontecimento “crianças e jovens em risco”. Psicologia & Sociedade, 24(n.spe), 25-30.
Melo, D. L. B; Cano, I. (2014) Índice de Homicídio na Adolescência: IHA 2012. Rio de Janeiro: Observatório de Favela.
Misse, M. (2010). Crime, sujeito e sujeição criminal: aspectos de uma contribuição analítica sobre a categoria “bandido”. Lua Nova, 79(1), 15-38.
Paiva, L.F. Mortes na periferia: considerações sobre a chacina de 12 de novembro em Fortaleza. Revista o público e o privado, 26(1).
Reis, C., & Guareschi, N. (2015). Juventudes indesejáveis: a produção da morte como estratégia de segurança pública. In A. Scisleski, N. Guareschi. (Org.). Juventudes, marginalidade social e direitos humanos: da psicologia às políticas públicas. Porto Alegre: EdiPUCRS.
Reishoffer, J. C., Bicalho, P. P. G. (2009). Insegurança e Produção de Subjetividade no Brasil Contemporâneo. Fractal Revista de Psicologia, 21 (2), 425-444.
Roseno, R. (2017). Cada vida importa: relatório final do comitê pela prevenção de homicídios na adolescência. Governo do Estado do Ceará. Disponível em: <https://www.al.ce.gov.br/phocadownload/relatorio_final.pdf>. Acesso em: 29 mai. 2017.
Scisleski, A. C. C., Silva, J. L. C., Galeano, G. B., Bruno, B. S., & Santos, S. N. (2016). Racismo de Estado e tanatopolítica: reflexões sobre os jovens e a lei. Fractal: Revista de Psicologia, 28 (1), 84-93.
Souza, T. P. (2014). O nascimento da biopolítica das drogas e a arte neoliberal de governar. Fractal: Revista de Psicologia, 26(3), 979-998.