Precarious youth and the racialization of drug trafficking
DOI:
https://doi.org/10.36517/revpsiufc.14.2023.e023012Keywords:
Youth, Drug trafficking, Racialization, Criminalizations, ProhibitionismAbstract
This article, the result of research conducted with young people involved in drug trafficking, aims to analyze the meanings produced by black and peripheral young people about their experiences in the illegal drug market, from a perspective that intersects the markers of race and social class. A qualitative research was conducted with nine young people in compliance with a socio-educational measure, for five months. During this period, it was used participant observation, field diary and narrative interviews, based on the life history method, seeking to explicit the interweaving of trajectories and life conditions narrated by the subjects and the unfolding of their experiences in the drug trade. To this end, it was based on theoretical references that deepen the discussion about the black and peripheral youth as a permanent object of punitive power. The criminalization of this contingent is a historical constant, reproducing poverty and segregation. In this sense, the results of this study show that drug trafficking is repeatedly an alternative to the scenario of scarcity of rights and public policies for this contingent. Thus, this activity presents itself as a path for these young people, contradictorily, to dream and seek an autonomous life, distinct from the reality that surrounds them.
Downloads
References
Baratta, A (2002). Criminologia crítica e crítica do direito penal. Uma introdução à sociologia do direito penal. Tradução de Juarez Cirino dos Santos. 5ª edição. Rio de Janeiro: Revan.
Bocayuva, H & Nunes, S (2009). Juventudes, subjetivações e violências. Rio de Janeiro: Contra Capa.
Boiteux, L (2019). A ação social como estratégia racista de controle e a Guerra às drogas. Le Monde Diplomatique Brasil, 13 (145). Disponível em: https://diplomatique.org.br/a-proibicao-como-estrategia-racista-de-controle-social-ea-guerra-as-drogas.
Brasil. Lei nº 8.069 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. Presidência da República, Casa Civil, Brasília. Recuperado de https://crianca.mppr.mp.br/arquivos/File/publi/camara/estatuto_crianca_adolescente_9ed.pdf.
Faria, AMC & Barros, VA (2011). Tráfico de drogas: uma opção entre escolhas escassas. Revista Psicologia & Sociedade. 23 (3), 536-544.
Fausto, B (2000). Crime e cotidiano: a criminalidade em São Paulo (1880-1924). São Paulo: EDUSP.
Feffermann, M (2006). Vidas Arriscadas: o cotidiano dos jovens trabalhadores do tráfico. Petrópolis: Vozes.
Feffermann, M (2018). O jovem/adolescente “trabalhador” do tráfico de drogas. Cadernos da Defensoria Pública do Estado de São Paulo, São Paulo, 3 (15), 137-155.
Fernandes, F & Moreira, M (2013). Considerações metodológicas sobre as possibilidades de aplicação da técnica de observação participante na Saúde Coletiva. Revista de Saúde Coletiva. Rio de Janeiro, 23 (2), 511-529.
Fernandes, F (1972). O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro.
Flauzina, ALP (2008). Corpo negro caído no chão: o sistema penal e o projeto genocida do Estado brasileiro. Rio de Janeiro: Contraponto.
França, RS (2016). Liberalismo, Biopoder e Racismo na guerra às drogas: Nota em torno de uma política. Olhares Plurais. Revista Eletrônica Multidisciplinar, 1 (14).
Galdeano, AP & Almeida, R. (2018). Tráfico de drogas entre as piores formas de trabalho infantil: mercados, famílias e rede de proteção social. São Paulo: CEBRAP.
Gomes, C et al. (2015). Políticas públicas e vulnerabilidade social: uma reflexão teórica a partir de experiência de estágio. Revista Ciência em Extensão. São Paulo, 11 (1), 116-130.
Guimarães, F (2021). De criança normal a menino da boca: trajetórias, resistências e perspectivas de jovens do tráfico de drogas. [Dissertação de Mestrado, Universidade Federal de Juiz de Fora]. https://repositorio.ufjf.br/jspui/bitstream/ufjf/13664/1/flaviafernandesguimaraes.pdf.
Karam, ML (2013). Proibição às drogas e violação a direitos fundamentais. Revista Brasileira de Estudos Constitucionais, 7 (25), 169-189.
Lyra, D (2013). A república dos meninos: juventude, tráfico e virtude. Rio de Janeiro: Ed. Mauad X/FAPERJ.
Malvasi, P (2010). Violentamente pacíficos: desconstruindo a associação juventude e violência. São Paulo: Cortez.
Mbembe, A (2016). Necropolítica: biopoder soberania, estado de exceção, política da morte. Arte & Ensaios Revista do PPGAV/EBA/UFRJ, 32 (0), 123-151.
Minayo, MC (2017). Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Revista Pesquisa Qualitativa, São Paulo, 5 (7), 01-12.
Oliveira, C (2019). O retrocesso na política nacional de drogas do governo Bolsonaro. Carta Capital, Brasil. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/blogs/hempadao/o-retrocesso-na-politica-nacional-de-drogas-do-governo-bolsonaro/.
Oliveira, N & Ribeiro, E (2018). O massacre negro brasileiro na guerra às drogas. Sur - Revista Internacional de Direitos Humanos, 15 (28), 35-43.
Pereira, E et al. (2017). História de Vida, Pesquisa Narrativa e Testemunho: Perspectivas nos Estudos Biográficos. Quaderns de Psicologia, 19 (3), 277-286.
Pessoa, A et al. (2017). Desafios éticos na pesquisa com adolescentes envolvidos no tráfico de drogas. Revista da SPAGESP. Ribeirão Preto, 18 (2), 100-114.
Rocha, AP (2015). Relações de trabalho no narcotráfico: exploração, riscos e criminalização. Argumentum, Vitória (ES), v (1), 55-68.
Santos, G (2008). Da lei do ventre livre ao Estatuto da Criança e do Adolescente: uma abordagem de interesse da juventude negra. Boletim do Instituto de Saúde, São Paulo, S (44), 15-18.
Sapori, L (2011). Mercado do crack e violência urbana na cidade de Belo Horizonte. Dilemas Revista de Estudos de Conflito e Controle Social, Rio de Janeiro, 5 (1), 37-66.
Scherer, G et al. (2018). Os dois lados da mesma moeda: urbicídio e juvenicídio na realidade brasileira. Iluminuras, Porto Alegre, 19 (47), 185-209.
Schwarcz, LM & Starling, HM (2018). Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras.
SEDESE, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (2020). Diagnóstico das Juventudes de Minas Gerais. Sistema Estadual de Redes em Direitos Humanos. Disponível em: http://ppsinajuve.ibict.br/jspui/handle/123456789/689.
Silva, V (2005). “Perdeu, passa tudo!”: a voz do adolescente autor do ato infracional. Juiz de Fora: UFJF.
Small, D (2016). A Guerra às drogas é um mecanismo de manutenção da hierarquia racial. [Entrevista concedida a Melo, D.]. Revista Carta Capital. Disponível em: https://www.cartacapital.com.br/sociedade/a-guerra-as-drogas-e-um-mecanismo-de-manutencao-da-hierarquia-racial/.
Vogel, A (2011). Do Estado ao Estatuto: propostas e vicissitudes da política de atendimento à infância e adolescência no Brasil contemporâneo. A arte de governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância no Brasil. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 287-321.
Wacquant, L (2008). As duas faces do gueto. Tradução de Paulo Cezar Castanheira. São Paulo: Boitempo.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2023 Flávia Fernandes Guimarães, Fernando Santana de Paiva
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.