Memória política e direitos humanos: resistência de mulheres-mães de adolescentes em medidas socioeducativas
Palabras clave:
Memória Política, Violação dos Direitos Humanos, Violência do Estado.Resumen
O presente artigo refere-se a uma pesquisa, ainda em andamento, que tem por objetivo identificar as lembranças sobre situações deexclusão social e de violação dos direitos humanos de grupos oprimidos tais como mulheres, jovens, idosos, pessoas com deficiência,
homossexuais e negros em contextos de desigualdades econômicas e socioculturais. Com base nos referenciais teórico-metodológicos
da Psicologia Política (Martín-Baró, 1998) e da Psicologia Comunitária (Maritza Montero, 2002, 2004a/b) realizamos uma pesquisaação,
tendo em vista construir, com os próprios sujeitos da pesquisa, intervenções/ações que levem ao fortalecimento da comunidade
e à mudança social. Neste artigo analisamos apenas os discursos do grupo focal de mulheres-mães de adolescentes que cumprem
medida socioeducativa a partir de suas memórias sobre a violação dos direitos humanos. Os discursos trouxeram à luz as vivências de
violação experimentadas por essas mulheres-mães, assim como suas denúncias e resistências, e ao mesmo tempo criaram condições
para elaborarmos, junto com a comunidade, ações que fortaleçam a luta pelos direitos humanos e a participação política. Percebemos
que a memória tem mobilizado ações em favor dos direitos humanos e em torno de políticas públicas que garantam e efetivem os
direitos sociais.
Descargas
Citas
Abranches, S. H. (1985). Os despossuídos:Crescimento e pobreza no país dos Milagres.Rio de Janeiro-RJ: Jorge Zahar.
Adorno, S. (2002a). Crime e violência na sociedade brasileira contemporânea. Jornal de Psicologia-PSI, 7-8.
Adorno, S. (2002b). Exclusão socioeconômica e violência urbana. Sociologias. Porto Alegre, 8. (pp.84-135).
Ansara, S. (2005). Memória Política da Ditadura Militar e Repressão no Brasil: uma abordagem psicopolítica. Tese de Doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia Social. São Paulo: Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo.
Barcellos, C. (1992). Rota 66: a história da polícia que mata. São Paulo: Globo.
Benevides, M. V. (1983). A cidadania ativa. São Paulo: Ática (1991).
Benevides, M. V. (2003). Educação em direitos humanos: de que se trata? In Leite, R. L. B. Formação de educadores: desafios
e perspectivas. São Paulo: Editora UNESP (pp. 309 – 318).
Benevides, M. V. (2004). Cidadania e Direitos Humanos. In J.S. Carvalho. Educação, Cidadania e Direitos Humanos. Petrópolis/ RJ: Vozes (pp. 43-65).
Bosi, E. (1993). A pesquisa em memória social. Psicol. USP [online]. (4, (1-2). pp.277-284).
Cardia, N. (1997). O medo da polícia e as graves violações dos direitos humanos. Tempo Social. Revista Sociologia. USP, S. Paulo (9 (1), pp. 249-265).
Chaui, M. (1998). Ética e Violência. Textomimeo apresentado no Colóquio Democracia e Liberdade: Interlocuções com Marilena
Chauí. São Paulo: USP/NEDIC.
Coimbra, C. M. B. (2001). Operação Rio: O mito das classes perigosas. Niterói: Intertexto/ Oficina do Autor.
Demo, P. (2002). Charme da exclusão Social. Campinas/SP: Autores Associados.
Dias, I. M. T. (2011). Estigma e Ressocialização:uma análise sobre direitos humanos e reintegração de adolescentes em conflito com a lei. Videre. (3 (6), pp. 87-109).
Huyssen, A. (2000). Seduzidos pela Memória. Rio de Janeiro: Aeroplano.
Martín-Baró, I. (1998). Psicología de la Liberación. Madrid: Editorial Trotta.
Montero, M. (2004a). Hacer para transformar.Buenos Aires, Argentina: Paidós.
Montero, Maritza. (2004b). Teoría y práctica de la psicología comunitaria: la tensiónentre comunidad y sociedade. Buenos Aires, Argentina: Paidós.
Morgado, M. A. (2001). A Lei contra a Justiça: um mal estar na cultura brasileira. Brasília:Editora Plano.
Neri, V. B. (2009). O trabalho de Assistentes Sociais e Psicólogos na Política de Assistência Social – Saberes e direitos em questão.Tese de Doutorado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Serviço Social. PontifíciaUniversidade Católica de São Paulo.
Paoli, M. C. et al (1981). A violência Brasileira. São Paulo: Brasiliense. Prefeitura Municipal de São Paulo. (2004).Mapa da Vulnerabilidade Social da Populaçãoda Cidade de São Paulo. Centro Brasileiro de Análise e Planejamento-Cebrap, do Serviço Social do Comércio-SESC e da
Secretaria Municipal de Assistência Social de São Paulo, SAS-PMSP.
Sampaio, M. R. A. (1991). Heliópolis – Percursos de uma invasão. Tese de Livre Docência. FAU-USP/SP
Sandoval, S. A. M. (1994) Algumas Reflexões sobre Cidadania e Formação de Consciência Política no Brasil. In M. J. SPINK (Org.). A Cidadania em construção, uma Reflexão Transdisciplinar. São Paulo: Cortez.
Santos, B. S. (2011). A crítica da razão indolente: Contra o desperdício da experiência.São Paulo: Cortez.
Assaki, R. K. (2003). Como chamar as pessoasque têm deficiência. In: SASSAKI, R.K. Vida independente: História, movimento, liderança, conceito, filosofia e fundamentos. São Paulo: RNR. (pp. 12-16).
Souza, C. G. (2011). Empoderamento: possibilidades da prática profissional nos Centros de Referência de Assistência Social em
Ponta Grossa-PR. Dissertação de Mestrado. Programa de Estudos Pós-Graduados em Ciências Sociais. Universidade Estadual
de Ponta Grossa.
Velho, G. & Avito, M. (1996). Cidadania e Violência. Rio de Janeiro: UFRJ/FGV.
