Interlocuções entre a psicologia analítica-comportamental e da libertação: algumas contribuições de Skinner e Martín-Baró
Mots-clés :
Ética, análise do comportamento, psicologia da libertaçãoRésumé
A ética nas relações, decisões e ações cotidianas é um atributo normalmente almejado pela maioria das pessoas. Todavia, parece sustentável afirmar que toda ação humana está pautada por uma ética específica. Sendo assim, o fazer científico não é exceção. Uma vez que a ciência se propõe a trazer uma mudança no modo de vida dos indivíduos, caberia à ética determinar de que forma essa ciência seria aplicada a fim de prover a mudança almejada. Nesse sentido, o presente artigo pretende articular a teoria e tecnologia da Análise do Comportamento, a partir de Skinner, com a proposta empreendida por Martín-Baró, principalmente no que diz respeito aos aspectos éticos. A partir disso, analisar-se-á de que modo poderiam esses referenciais teóricos coadunar para a construção de uma práxis favorável à promoção de comportamentos éticos, sob este referencial, em especial, no contexto da América Latina. As proposições da Psicologia da Libertação constituem um possível valor secundário a ser utilizado como diretriz do trabalho do psicólogo que trabalha no sentindo de promover a sobrevivência da cultura, valor ético primordial, segundo Skinner. Deste modo, a integração de diferentes
perspectivas possibilita um movimento reflexivo acerca de seu fazer ético enquanto profissional.
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