Participação de cirurgiões-dentistas em cursos EaD sobre populações do campo, da floresta e das águas
Palabras clave:
Saúde Rural, Educação Permanente, Educação à DistânciaResumen
Introdução: As populações do campo, da floresta e das águas apresentam especificidades e singularidades que podem condicionar o processo de saúde-doença, contribuindo para a persistência de agravos controlados em outras populações, como a cárie dentária. Somado a isso, a falta de conhecimento e de qualificação específica, por parte dos profissionais de Odontologia, pode interferir com os resultados de saúde neste grupo. Métodos: Trata-se de estudo transversal descritivo, de base populacional, baseado em dados secundários extraídos da base de matrículas do sistema UNA-SUS, referente às ofertas de 3 cursos produzidos pela UFC, UFMT e Fiocruz/MS. Para isso, variáveis sociodemográficas foram filtradas, catalogadas e analisadas por estatística descritiva, através da utilização dos softwares Excel e SPSS. Resultados: Dos 61.342 inscritos nas três ofertas de cursos, apenas 1.120 são cirurgiões-dentistas. Dentre eles, houve predomínio do gênero feminino (68,1%), com 26 a 30 anos (32,60%), seguidos da faixa etária de 31 a 35 anos (22,8%) e solteiros (64,3%). De acordo com os participantes, 29,5% eram especialistas e 9,64% mestres/doutores. A maioria se autodeclara branco (52,6%) ou pardo (38,1%). A presença de profissionais dentistas com interesse na temática ainda é baixa e predomina em estados que possuem uma concentração dessas populações, como os estados da região Norte: Pará (8,8%) e Amazonas (8,5%). Conclusão: A presença de profissionais dentistas com interesse na temática ainda é baixa e predomina em estados que possuem uma concentração dessas populações, como os estados da região Norte. Lança-se a hipótese de a demanda do território de atuação pode ser a motivação para se fazer o curso. Aponta também para uma necessidade de maior educação em saúde nesse grupo profissional para essa população específica.
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