Etnografia de uma Cidade Redesenhada pela Pichação/Graffiti
Palavras-chave:
Pichação/Graffiti, Visibilidades/Invisibilidades, Cidade, InterpretativismoResumo
A proposta deste artigo é apresentar alguns itinerários de campo da pesquisa etnográfica em que analisamos as tensões, conflitos, disputas, resistências e também conformidades e deformidades na construção das visibilidades/invisibilidades dos pichadores/grafiteiros de Santa Maria, interior do Rio Grande do Sul. Os dados indicam uma grande efervescência semântica em torno da pichação/graffiti, sendo possível interpretar a cidade como um comum que é partilhado por múltiplas e discordantes percepções individuais, mais especificamente, a pichação/graffiti como um ponto de encontros discordantes. Os processos de construção das visibilidades/invisibilidades dos pichadores/grafiteiros desenham e redesenham a postura do etnógrafo, como se, de certa forma, a pichação/graffiti pudesse exemplificar o interpretativismo ou encarnar a descrição densa.
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