A Inquisição no Ceará

Autores

  • Luiz Mott UFBA

Resumo

Salvo erro, a única referência histórica à ação do Santo Ofício no Ceará se deve ao Barão de Studart ao mencionar que no Auto de Fé realizado em Lisboa em 1761, dois moradores desta Capitania foram condenados ao degredo pelo crime de "bigamia", isto é, casar-se uma segunda vez estando viva a legítima esposa. Os condenados foram Antonio Correia de Araújo, 52 anos, morador na vila do Icó, e Antonio Mendes da Cunha, 40 anos, pedreiro, residente em Quixeramobim. Após prolongadas pesquisas na Torre do Tombo, localizamos mais sete episódios entre 1746-1778 comprovando que a Inquisição esteve bastante informada sobre os "desvios" na fé e na moral dos moradores do Ceará.

Biografia do Autor

Luiz Mott, UFBA

Luiz Roberto de Barros Mott nasceu em São Paulo, em 1946. Formou-se em Ciências Sociais pela USP. Possui mestrado em Etnologia em Sorbonne e doutorado em Antropologia, pela Unicamp. Atualmente é professor titular aposentado do Departamento de Antropologia da Universidade Federal da Bahia, UFBA e é professor e orientador do programa de pós-graduação em História da Universidade Federal da Bahia, UFBA. É fundador do Grupo Gay da Bahia, uma das principais instituições que laboram em prol dos direitos humanos dos LGBTs no Brasil.

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Publicado

2019-12-17

Como Citar

Mott, L. (2019). A Inquisição no Ceará. Revista De Ciências Sociais, 17(1/2), 93–104. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/43093