Esse objeto movimentos urbanos: novas e velhas querelas

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Resumo

Não por acaso, nós que pesquisamos e analisamos os movimentos urbanos estamos freqüentemente retomando a discussão teórica. Na perspectiva de uma revisão temática da literatura questionamos os parâmetros explicativos com base no enriquecimento empírico das investigações e na necessidade de interligar o caso particular estudado com a realidade mais ampla. A justificativa para permanentes incursões na Teoria ou nas Teorias, parece óbvia diante da juventude do tema, circunscrito sobretudo a uma conjuntura de mudanças. Contemplamos, perplexos, a efervescência do novo, às vezes emprestando à novidade um caráter ufanista e transformador, ou mais cautelosos e às vezes até céticos, considerando as mobilizações como reflexo de uma modernização da estrutura, uma outra forma de diálogo entre Estado e camadas populares. Se é possível dizer que a riqueza de um tema está em sua capacidade de produzir polêmica, os movimentos sociais urbanos poderiam ser incluídos no rol dos temas inovadores. De fato, os movimentos urbanos não só mobilizaram setores populares, como também intelectuais preocupados em explicar sua emergência e significação do ponto de vista da transformação social e política...

Biografia do Autor

Irlys Alencar Firmo Barreira, UFC

É professora Titular de Sociologia do PPGS da UFC, pesquisadora 1 B do CNPq e líder do Grupo de Pesquisa Lideranças, representações e práticas políticas do Diretório de Pesquisa do CNPq. Tem doutorado na USP e Pósdoutorado na École des Hautes Études en Sciences Sociales (Paris) e no Instituto de Cências Sociais ICS da Universidade de Lisboa. Tem como campo de investigação experiência nas áreas de Sociologia, com interfaces nas áreas de antropologia e política, atuando principalmente nos seguintes temas: cidade, política, cultura, gênero e movimentos sociais. Orientou 33 dissertações de mestrado e 25 teses de doutorado. Além de vários artigos enfocando as relações entre cultura e política é autora dos livros O Reverso das Vitrines: Conflitos Urbanos e Cultura Política (ed. Rio Fundo, 1992) Chuva de papéis, ritos e símbolos de campanha eleitoral no Brasil (Relume Dumará, 1998). Imagens ritualizadas, apresentação de mulheres em cenários políticos (editora Pontes, 2008). A cidade como narrativa (Imprensa de Ciências Sociais, 2013). O labor criativo na pesquisa: Experiências de ensino e investigação em ciências sociais (Imprensa Universitária, 2017). Participou como consultora e representante em várias Instituições acadêmicas como Capes (representante de área nos períodos (2002-2004) e (2006-2010), CNPq (representante de área no período 2000-2002), FUNCAP- Fundação Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico (representantes na Câmara de Ciências Sociais, 2009-2010). Foi representante do Brasil na direção da Associação Latino-americana de Sociologia - ALAS (2013-2015). Foi diretora da Anpocs (1993-1994) e participou de vários comitês dessa instituição. Foi Presidente da Sociedade Brasileira de Sociologia - SBS (2012-2013). Integra a coordenação do Núcleo de Antropologia da Política / NuAP/UFRJ, desde 1997.

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Publicado

2020-05-21

Como Citar

Barreira, I. A. F. . (2020). Esse objeto movimentos urbanos: novas e velhas querelas. Revista De Ciências Sociais, 20(1/2), 73–92. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/44171