América Latina, Dívidas e Dependência Financeira do Estado

Autores

  • Pierre Salama

Resumo

A característica principal das crises financeiras dos anos noventa foi a conseqüente severidade das restrições nas finanças exteriores. Hoje, o equilíbrio entre a entrada de fundos e a saída de fundos do balanço de pagamentos é feito por meio do ajuste das taxas de juros, a variável-chave da política econômica. O incremento das taxas de juros aumenta consideravelmente o custo dos empréstimos – enfraquecendo, assim, a posição dos estados em face do governo federal –, além de aumentar o déficit no orçamento, o qual não pode ser controlado apenas pela redução das despesas públicas. Essa medida também leva a uma redução nos projetos de investimentos das empresas. A lógica financeira por trás do funcionamento de uma "economia de cassino" produz grande instabilidade na atividade econômica e uma vulnerabilidade social marcante, tornando ainda impossível, sob esse modelo de crescimento, conseguir qualquer redução substancial na pobreza generalizada.

Biografia do Autor

Pierre Salama

Professor titular, diretor científico da revista Tiers Monde.

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Como Citar

Salama, P. (2013). América Latina, Dívidas e Dependência Financeira do Estado. Revista De Ciências Sociais, 36(1/2), 18–32. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/559