Dinâmica Eleitoral e Partidária em um Contexto Ditatorial: a relação entre elites políticas e o regime (1965-1979)
Palavras-chave:
Partidos, Autoritarismo, Carreiras Políticas, Eleições, Elites PolíticasResumo
Para se compreender o realinhamento político-partidário posto em marcha desde 1979 é fundamental a análise das relações entre o regime militar, as elites políticas tradicionais e o eleitorado. Argumenta-se aqui que a peculiaridade do regime militar brasileiro de manter (mesmo com toda a perseguição política, cassações, prisões arbitrárias, mudanças eleitorais casuísticas e todas as formas de intimidação) a continuidade da competição eleitoral, permitiu que diferentes lideranças políticas mantivessem em funcionamento ininterrupto suas respectivas máquinas eleitorais. As rivalidades eleitorais em âmbito local se mantiveram atuando de forma ininterrupta desde, pelo menos, 1945 e continuam atuando após 1979. Conclui-se que a necessidade de continuo apoio eleitoral para a manutenção de suas respectivas máquinas eleitorais ajuda a explicar, o crescimento do MDB e o suposto “enfraquecimento” da Arena, bem como, evidencia a perda de popularidade do regime.
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