Dinâmica Eleitoral e Partidária em um Contexto Ditatorial: a relação entre elites políticas e o regime (1965-1979)

Autores

  • Rafael Machado Madeira

Palavras-chave:

Partidos, Autoritarismo, Carreiras Políticas, Eleições, Elites Políticas

Resumo

Para se compreender o realinhamento político-partidário posto em marcha desde 1979 é fundamental a análise das relações entre o regime militar, as elites políticas tradicionais e o eleitorado. Argumenta-se aqui que a peculiaridade do regime militar brasileiro de manter (mesmo com toda a perseguição política, cassações, prisões arbitrárias, mudanças eleitorais casuísticas e todas as formas de intimidação) a continuidade da competição eleitoral, permitiu que diferentes lideranças políticas mantivessem em funcionamento ininterrupto suas respectivas máquinas eleitorais. As rivalidades eleitorais em âmbito local se mantiveram atuando de forma ininterrupta desde, pelo menos, 1945 e continuam atuando após 1979. Conclui-se que a necessidade de continuo apoio eleitoral para a manutenção de suas respectivas máquinas eleitorais ajuda a explicar, o crescimento do MDB e o suposto “enfraquecimento” da Arena, bem como, evidencia a perda de popularidade do regime.

 

Biografia do Autor

Rafael Machado Madeira

Graduação em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1998), mestrado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2002), estágio de doutorando no exterior (Florida International University, 2004), doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (2006) e pós-doutorado pela École des Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS.

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Publicado

2016-12-29

Como Citar

Madeira, R. M. (2016). Dinâmica Eleitoral e Partidária em um Contexto Ditatorial: a relação entre elites políticas e o regime (1965-1979). Revista De Ciências Sociais, 47(2), 125–162. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/6302