Efeito da redução da variação da duração de lactação na avaliação genética de bovinos leiteiros mestiços
Autores/as
Olivardo Facó
Embrapa Caprinos e Ovinos
Raimundo Filho
Universidade Estadual do Ceará
Raimundo Lobo
Embrapa Caprinos e Ovinos
Danielle Azevedo
Embrapa Meio-Norte
Sônia Oliveira
Universidade Federal do Ceará - UFC
Palabras clave:
Correlação de Spearman. Correlação genética. Cruzamentos. Lactações curtas. Herdabilidade.
Resumen
A partir de dados de controle leiteiro obtidos junto à Associação Brasileira dos Criadores de Girolando, os efeitos da remoção da variação na duração da lactação sobre a comparação de desempenho produtivo de vários grupos genéticos Holandês x Gir, foram estudados através da comparação dos resultados obtidos a partir das três metodologias mais utilizadas: (a) ajuste da população para a duração da lactação; (b) exclusão das lactações curtas (< 120 dias de duração) sem ajuste para a duração da lactação e (c) uso de todas as observações sem ajuste para a duração da lactação. Estimativas dos componentes de (co)variância foram obtidas pelo método da máxima verossimelhança restrita (REML) sob modelo animal. As estimativas de herdabilidade para produção de leite pelo uso das metodologias "a", "b" e "c" foram de 0,24 ± 0,029, 0,31 ± 0,034 e 0,27 ± 0,029 , respectivamente. Conclui-se que o ajuste da produção de leite para a duração da lactação pode levar a práticas equivocadas na comparação de grupos genéticos Holandes x Gir para a produção de leite e na classificação dos animais por mérito genético. Porém, a eliminação das lactações curtas mostrou-se decisão adequada uma vez que não reduziu a variabilidade genética e diminuiu a variância residual, contribuindo para a melhoria da qualidade das avaliações genéticas.