Tendência genética para características relacionadas à velocidade de crescimento em bovinos Nelore da região Norte do Brasil
Autores/as
Fernando Lopes
Universidade Federal de Goiás
Geneíldes Santos
Universidade Federal do Tocantins
Ednira Marques
Universidade Federal de Goiás
Marcelo Silva
Universidade Federal de Goiás
Jorge Ferreira
Universidade Federal do Tocantins
Palabras clave:
Gado de corte, Ganho genético, Genética animal, Herdabilidade, Zebu
Resumen
Objetivou-se estimar as (co) variâncias, parâmetros e tendências genéticas para as características dias para ganhar 160 kg (D160) na fase pré-desmama, e dias para ganhar 240 kg (D240) na fase pós-desmama, em bovinos da raça Nelore, criados na região Norte do Brasil. Foram analisados registros de animais criados a pasto na região Norte do Brasil, cedidos pela Associação Brasileira de Criadores de Zebu - ABCZ, e coletados durante os anos de 1997 a 2007. Utilizou-se como efeito fixo os grupos de contemporâneos (rebanho, ano, estação de nascimento e sexo) e idade da vaca ao parto, como covariável. As estimativas de (co)variância foram obtidas utilizando-se o software MTDFREML. As médias observadas para D160 e D240 foram 235 ± 46 dias e 578 ± 171 dias, respectivamente. As estimativas de herdabilidade para D160, devido ao efeito genético aditivo e maternal foram 0,27 ± 0,03 e 0,35 ± 0,04, respectivamente. Para D240, a herdabilidade para efeito genético aditivo foi 0,28 ± 0,03. Isto indica que a seleção para qualquer uma das características resultará em progresso genético. Os possíveis ganhos genéticos, para efeito genético aditivo, foram de 1,02 e 3,17 dias/ano, para D160 e D240, respectivamente. Isto corresponde a 0,43 e 0,55% das médias de dias para se ganhar 160 kg (pré-desmame) e 240 kg (pós-desmame), respectivamente. Embora os critérios de seleção utilizados atualmente sejam os pesos, as tendências genéticas para D160 e D240 indicaram a existência de progresso genético ao se utilizar estas características como critérios de seleção.