Estratégias de irrigação com água salina na mamoneira
Autores
Maria Costa
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Francisco Morais
Universidade do Estado de Santa Catarina
Wallace Carlos Souza
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Marcelo Gurgel
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Fábio Henrique Oliveira
Universidade Federal Rural do Semi-Árido
Palavras-chave:
Ricinus communis L., Salinidade do solo, Estresse salino, Sodicidade do solo, Manejo da irrigação
Resumo
Este experimento foi realizado em campo para avaliar estratégias de irrigação com água salina no crescimento e na produção da mamoneira (BRS Energia), além de identificar eventuais estádios de maior tolerância à salinidade e monitorar alguns atributos químicos do solo. Os tratamentos consistiram da irrigação com águas de CE 0,53; 2,09; 3,66 dS m-1 de acordo com a fase de desenvolvimento da cultura, totalizando cinco estratégias de irrigação com água salina e uma testemunha. As avaliações de crescimento foram realizadas aos 20; 40; 60; 80; 100 dias após a semeadura (DAS). As coletas de solo foram realizadas concomitantemente às avaliações de crescimento, nas camadas 0-0,10; 0,10-0,30; 0,30-0,50 m. A irrigação contínua com água de CE 3,66 dS m-1 reduziu a altura de planta, o comprimento de racemo terciário, o número de frutos por área útil e a produtividade de frutos. Essa estratégia aumentou acentuadamente os teores de Na+ e a CE do solo no final do ciclo. Por outro lado, a irrigação com água salina começando aos 45 DAS não prejudicou as variáveis de crescimento e os componentes de produção. Essa estratégia minimizou os impactos negativos sobre a salinidade/sodicidade do solo no final do ciclo. Comportamento similar foi observado para a irrigação contínua com água de CE 2,09 dS m-1 (mistura de águas com CE de 0,53 e 3,66 dS m-1). A mamoneira não apresentou tolerância diferenciada à salinidade em função da fase de desenvolvimento, embora tenha sido prejudicada quando aumentaram a intensidade e a duração do estresse salino.