CARTOGRAFIA DE UM COMENTÁRIO DE TRADUÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.36517/revletras.42.1.21Resumo
Na tentativa de expandir as reflexões sobre pesquisa em Estudos da Tradução, este trabalho propõe a tradução comentada como escrita cartográfica da zona de tradução. O território é a tradução de teorias psicanalíticas. A zona de tradução segue o rasto das pistas deixadas nas situações em que o termo inmixing, referido ao sujeito do inconsciente, é apresentado na teoria de Jacques Lacan. Trabalhamos com as traduções desse termo a partir da sua introdução no título da conferência de 1966: Of structure as an inmixing of an otherness prerequisite to any subject whatever. Passamos por outros lugares das traduções de Lacan, guiados pela presença desse termo até chegar em produções de psicanalistas latino-americanos vinculados a seu ensino. Intuímos que, na época da chamada Conferência de Baltimore, o psicanalista optou por mesclar línguas apontando o potencial da tradução. Em nossas pistas, as línguas de tradução apresentam a força da multiplicidade. Esses sinais de desterritorialização, foram pausados quando, via tradução, a forma institucional passa a estabilizar os enunciados.
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