Gênero e agricultura familiar
A (in)visibilidade feminina na liderança dos empreendimentos
DOI:
https://doi.org/10.36517/aval.v12i26.96278Palavras-chave:
Agricultura familiar, Gênero, Brejo paraibano, Desenvolvimento regional, Segurança alimentarResumo
A agricultura familiar vem-se assumindo como alternativa à produção intensiva de alimentos característica do agronegócio, alcançando 23% da produção agropecuária brasileira em termos de rentabilidade (IBGE, 2019). Mas esse não é o único dado relevante, uma vez que na sequência de várias lutas dos movimentos feministas vem dando relevância ao papel da mulher no campo, invisibilizado por conta da herança patriarcal da colonização. Por conseguinte, não são as práticas agroecológicas menos danosas ao meio ambiente, que se destacam, mas também o papel da mulher na dinamização dos espaços produtivos, de comercialização e participação social. O artigo tem como objetivo analisar a participação das mulheres na agricultura familiar na microrregião do Brejo Paraibano, procedendo para o efeito à análise dos resultados do Censo Agropecuário de 2017 e à revisão da literatura. Conclui-se que vem sendo progressiva a liderança feminina dos empreendimentos, porém, ainda se mostra distante de alcançar direitos de equidade.
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