Título Padrão
DOI:
https://doi.org/10.36517/ep15.96053Palabras clave:
Construção, Contraste, Intersubjetividade, Ensino de língua portuguesaResumen
Este artigo analisa a construção linguística “só que” no português brasileiro, com base na Linguística Funcional Centrada no Uso (LFCU) e na Linguística Textual. Trata-se de uma construção contrastiva altamente produtiva na oralidade e em gêneros escritos informais, cujo comportamento evidencia não apenas a articulação de ideias em oposição, mas também funções intersubjetivas. A forma “só que”, embora derivada da combinação do advérbio “só” com a conjunção “que”, adquiriu um funcionamento construcional próprio, operando como marcador de contraste atenuado, frequentemente associado a contextos argumentativos. Propõe-se revisitar trabalhos sobre os papéis da construção “só que” e, a partir daí, apresentar uma sequência de atividades voltadas para ensino de orações com valor de contraste a partir de textos reais, mais particularmente textos de blogs, em diálogo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).
Descargas
Citas
BAGNO, M. Gramática pedagógica do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2012.
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Brasília: MEC, 2018.
BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Língua Portuguesa. Brasília: MEC/SEF, 1998.
CASTANHEIRA, D. Linguística de texto e funcionalismo norte-americano em defesa de uma agenda de pesquisas. Percursos Linguísticos, v. 12, n. 31, p. 181-202, 2022.
CASTANHEIRA, D.; CEZARIO, M. M.; BRITO, R. C. Análise dos usos de orações iniciadas por [só que] no português brasileiro. Palimpsesto - Revista do Programa de Pós-Graduação em Letras da UERJ, Rio de Janeiro, v. 20, n. 37, p. 167–187, 2021.
CASTILHO, A.T. Historiando o Português Brasileiro. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2003. 240p.
CASTILHO, A. T. O Português Brasileiro em seu contexto histórico. São Paulo: Contexto, 2018. 157p.
CEZARIO, M.M.; SANTOS SILVA, T.; SANTANA, J. O domínio da concessão: uma análise baseada nos usos de construções oracionais com mesmo que, ainda que e se bem que. Revista de Estudos da Linguagem, [S. l.], v. 30, n. 2, p. 997–1031, 2022.
CRISTOVÃO, V. L. L. Letramento digital e ensino de leitura: uma proposta com blogs. In: LEAL, Z. L. A. et al. (org.). Letramento e ensino: múltiplos olhares. Campinas: Mercado de Letras, 2008. p. 81-100.
DANCYGIER, B.; SWEETSER, E.. Constructions with if, since, and because. Causality, epistemic stance, and clause order. In: COUPER-KUHLEN, E.; KORTMANN, B. (orgs.). Cause – Condition – Concession – Contrast: Cognitive and Discourse Perspectives. Topics in English Linguistics, vol. 33. Berlin: De Gruyter Mouton, 2000. p. 111-142.
FURTADO DA CUNHA, Maria Angélica; CEZARIO, Maria Maura. Conhecimento, criatividade e produtividade sob a perspectiva da linguística funcional centrada no uso. Alfa, São Paulo, v. 67, e15041, 2023.
FORD, C. E. The treatment of contrasts in interaction. In: COUPER-KUHLEN, E.; KORTMANN, B. (orgs.). Cause – Condition – Concession – Contrast: Cognitive and Discourse Perspectives. Topics in English Linguistics, vol. 33. Berlin: De Gruyter Mouton, 2000; p. 283-312.
LONGHIN-THOMAZI, Sanderléia Roberta. A gramaticalização da perífrase conjuncional "só que". Tese (Doutorado em Linguística) – Instituto de Estudos da Linguagem, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2003. P. 212.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais emergentes no contexto digital. In: MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. São Paulo: Cortez, 2005a. p. 189-210.
MARCUSCHI, L. A.; XAVIER, A. C. (orgs.). Hipertexto e gêneros digitais. 2. ed. Rio de Janeiro: Lucerna, 2005b.
MARCUSCHI, L. A. Gêneros textuais: definição e funcionalidade. In: Gêneros textuais: constituição e práticas sociodiscursivas. São Paulo: Cortez, 2010.
OLIVEIRA, Mariangela Rios de; CEZARIO, Maria Maura. PCN à luz do funcionalismo linguístico. Linguagem & Ensino (UCPel. Impresso), v. 10, p. 87–108, 2007.
NEVES, M. H. de M. Gramática de usos do português. São Paulo: UNESP, 2003.
NEVES, M. H. de M. Texto e gramática. São Paulo: Contexto, 2006.
RODRIGUES, R. H. Gêneros digitais e ensino de língua. In: ROJO, R.; MOURA, E. (orgs.). Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012. p. 99-118.
SANTOS, L. W. dos. Articulação textual na literatura infantil e juvenil (e, mas, aí, então). Rio de Janeiro: Lucerna, 2003.
SOARES, M. Letramento: um tema em três gêneros. Belo Horizonte: Autêntica, 2003.
WIEDEMER, M. L. OLIVEIRA, M. R. de (orgs.). Texto e gramática: novos contextos, novas práticas. Campinas (ou cidade da editora): Pontes Editores, 2021. 222 p.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2025 Maria Maura Cezario, Doutor Thiago

Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial 4.0.
Todos artigos são publicados sob os termos da licença Creative Commons Attribution (CC BY NC 4.0). Sob esta licença, os autores mantêm a propriedade dos direitos autorais de seu conteúdo, mas permitem que outros remixem, adaptem e criem a partir do seu trabalho para fins não comerciais, e, embora os novos trabalhos tenham de lhe atribuir o devido crédito e não possam ser usados para fins comerciais, os usuários não têm de licenciar esses trabalhos derivados sob os mesmos termos.