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desafios estruturais para a transformação dos sistemas agroalimentares
DOI:
https://doi.org/10.36517/rcs.v56i.92856Palabras clave:
Tecnologia agrícola., Cadeia agroindustrial, Cadeia agroalimentar, Agronegócio, Sociologia ruralResumen
Caracterizações reducionistas sobre a Revolução Verde (RV) não consideram suas implicações históricas e geopolíticas. O artigo revisita as múltiplas dimensões da RV com o objetivo de trazer uma perspectiva sistêmica e sociológica que complexifique a compreensão do fenômeno. Relacionamos a primeira etapa da RV com o modelo de produção fordista, a emergência do Estado de Bem-Estar Social em países centrais e o sufocamento de revoltas camponesas em países periféricos. Relacionamos a segunda etapa da RV com o modelo de produção toyotista e a transnacionalização do capital. Apontamos que tendências à biotecnologia e à apropriação corporativa de conhecimentos locais convergem no âmbito da agricultura 4.0. Concluímos que o setor agrícola acompanha as dinâmicas e relações de poder inerentes ao sistema capitalista, o que exige ampliar os horizontes da análise científica para propor alternativas realistas a este modelo.
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