HÁBITO ALIMENTAR E MORFOLOGIA DO TRATO DIGESTIVO DE ALGUNS PEIXES DE POÇAS DE MARÉ, NO ESTADO DO CEARÁ, BRASIL

Autores

  • Caroline Vieira Feitosa Engenheira de Pesca pela Universidade Federal do Ceará e Pesquisadora do Grupo de Ictiologia Marinha Tropical (IMAT), Departamento de Engenharia de Pesca, Universidade Federal do Ceará, Campus do Pici, Fortaleza
  • Maria Elisabeth de Araújo Professor Adjunto do Departamento de Oceanografia, Universidade Federal de Pernambuco, Cidade Universitária, Recibe

DOI:

https://doi.org/10.32360/acmar.v35i1-2.30911

Palavras-chave:

peixes, poças de maré, hábito alimentar, morfologia do trato digestivo

Resumo

Os peixes recifais apresentam grande variedade de adaptações para alimentação, considerando a maior diversidade de formas entre os peixes recifais. Esses peixes podem ser divididos em quatro grandes categorias de acordo com as táticas alimentares: detritívoros, varredores, herbívoros e carnívoros. O modo de alimentação e o tipo de alimento estão diretamente relacionados com a forma do corpo e o aparato digestivo, facilitando a captura e a deglutição da presa sem dificuldade. O presente trabalho tem como objetivo descrever quanto a morfologia do aparelho digestivo e ao hábito alimentar de espécies que ocorrem no litoral cearense. Os peixes foram coletados com rede de nylon e/ou arpão através de mergulho livre em poças de maré. Foi feita a caracterização anatômica-bucal e do todo trato digestivo e posteriormente a análise quantitativa do conteúdo estomacal. Foram analisados 107 estômagos referentes a 23 espécies pertencentes a 16 famílias. Semelhanças com a literatura foram observadas quanto ao hábito alimentar de algumas espécies, como a Sparisoma spp. e Lutjanus spp. As estruturas anatômicas de Haemulon plumieri e Lutjanus apodus corresponderam ao hábito alimentar carnívoro, ou seja, apresentaram estômago grande e muscular, cecos pilóricos e intestino curto, enquanto Anisotremus virginicus, Bagre marinus e Labrisomus nuchipinnis apresentaram estruturas que divergiram com sua classificação trófica, como ausência de cecos pilóricos e intestino relativamente longo para espécies carnívoras.

Downloads

Publicado

2017-12-14

Edição

Seção

Artigos originais