A posição do narrador no romance Ao farol, de Virgínia Woolf
Resumo
Quando surgiu, o romance ocupou o espaço de uma literatura que não cabia mais ao humano naquele momento, a epopeia. A partir do momento que o homem se desencanta com a vida, ele passa a procurar por uma arte que se adeque ao seu novo modo de sentir o mundo. Após percorrer um breve caminho pela história do gênero, apresentar a autora e a obra, este artigo se debruça em analisar a posição do narrador no romance Ao Farol (1927), da escritora Virgínia Woolf, segundo o ensaio “A posição do narrador no romance contemporâneo” escrito pelo filósofo Theodor W. Adorno. É de conhecimento público que o trabalho de Woolf foi considerado inovador pela crítica. Nesta perspectiva, buscou-se investigar quais características fazem com que o romance Ao Farol seja assim considerado, e se tais pontos o alinham ao que Adorno denomina romance contemporâneo.Referências
ADORNO, T. A posição do narrador no romance contemporâneo. In: Notas de Literatura. Tradução: Jorge de Almeida. São Paulo: Duas cidades/ Editora 34, 2003.
CANDIDO, Antonio. Timidez do Romance. In: A educação pela noite e outros ensaios. 2. Ed. São Paulo: Ática, 1989, p. 82-99.
FRANCO JUNIOR, Arnaldo. Operadores de Leitura da Narrativa. In: BONNICI, Thomas & ZOLIN, Lucia Osana (orgs.). Teoria Literária: Abordagens históricas e tendências contemporâneas. 3 ed. Maringá: Eduem, 2009, p. 33-48.
TACCA, O. As vozes do romance. Tradução Margarida Coutinho Gouveia. Coimbra: Almedina, 1983.
WOOLF, Virginia. Ao Farol. Tradução Tomaz Tadeu. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2016.