O HERÓI E A MODERNIDADE EM AS MULTIDÕES, DE CHARLES BAUDELAIRE
Abstract
Charles Baudelaire define o termo romantismo como o autêntico sinônimo da vida moderna. Cabe aos artistas, segundo o poeta, o desafio de extrair a eternidade do tempo presente. Para Baudelaire, trabalhar o conceito de modernidade é o mesmo que examinar duas facetas de uma mesma realidade. De um lado, a modernidade delineia o fugidio, o transitório, o contingente; no outro lado situa-se o eterno, o imutável. Cabe ao herói moderno uma busca de significado da existência frente às transformações sociais trazidas pelos efeitos avassaladores da modernidade. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo um estudo acerca das personificações do herói moderno proposta por Baudelaire. Situado na imensidão da metrópole e como participante de um jogo de máscaras, o herói baudelairiano é o retrato da efervescência trazida pelo progresso, aquele que fixa residência no meio da multidão. Dentre as personalidades do herói de Baudelaire, destacam-se o Flâneur, que perambula pela cidade à caça de inspiração, e o Dândi, caracterizado por assumir uma vida estetizada. Com a análise do texto As multidões, buscamos entender melhor sua nova perspectiva da figura do herói, situado em meio ao turbilhão das contradições trazidas pela modernidade.Downloads
Published
2014-09-01
Issue
Section
Dossiê