O HERÓI E A MODERNIDADE EM AS MULTIDÕES, DE CHARLES BAUDELAIRE

Autores/as

  • Marcio da Silva Oliveira Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Resumen

Charles Baudelaire define o termo romantismo como o autêntico sinônimo da vida moderna. Cabe aos artistas, segundo o poeta, o desafio de extrair a eternidade do tempo presente. Para Baudelaire, trabalhar o conceito de modernidade é o mesmo que examinar duas facetas de uma mesma realidade. De um lado, a modernidade delineia o fugidio, o transitório, o contingente; no outro lado situa-se o eterno, o imutável. Cabe ao herói moderno uma busca de significado da existência frente às transformações sociais trazidas pelos efeitos avassaladores da modernidade. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo um estudo acerca das personificações do herói moderno proposta por Baudelaire. Situado na imensidão da metrópole e como participante de um jogo de máscaras, o herói baudelairiano é o retrato da efervescência trazida pelo progresso, aquele que fixa residência no meio da multidão. Dentre as personalidades do herói de Baudelaire, destacam-se o Flâneur, que perambula pela cidade à caça de inspiração, e o Dândi, caracterizado por assumir uma vida estetizada. Com a análise do texto As multidões, buscamos entender melhor sua nova perspectiva da figura do herói, situado em meio ao turbilhão das contradições trazidas pela modernidade.

Biografía del autor/a

Marcio da Silva Oliveira, Universidade Estadual de Maringá (UEM)

Atualmente matriculado como aluno regular no curso de Doutorado em Letras, pela Universidade Estadual de Maringá- UEM. Graduação em Letras pela Faculdade Estadual de Educação Ciências e Letras de Paranavaí - FAFIPA (2005) e Mestrado nas áreas de concentração Estudos Literários: Literatura Comparada e Literatura e Historicidade, pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2011).

Publicado

2014-09-01