POESIAS: AS RASURAS DA MODERNIDADE NA POÉTICA DE MANOEL DE BARROS

Autores/as

  • Paulo Benites Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Resumen

Este artigo tem como objetivo propor uma leitura de alguns poemas da obra Poesias, de 1956, de Manoel de Barros. Esta obra, terceira publicada por Manoel de Barros, ao lado das duas primeiras, marca a fase inicial de Manoel de Barros. Ademais, em 1951, na antologia Panorama da nova poesia brasileira, organizada por Fernando Ferreira de Loanda, há a presença de onze poemas de Manoel de Barros, seis deles jamais publicados em outros livros, os outros, incluídos na obra de 1956. Insistimos na leitura das obras iniciais de Manoel de Barros por perceber que, mesmo sob a influências de outras correntes estéticas, o poeta já demonstra marcas de um projeto estético singular, que aparecerão como imagens importantes na poética de Manoel de Barros ao longo de consagradas pela crítica. Além disso, são os restos que garantem a presença e o diálogo de Manoel de Barros com a Modernidade.

 

Biografía del autor/a

Paulo Benites, Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul

Graduado em Letras pela Universidade Católica Dom Bosco. Mestre em Estudos de Linguagens pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Doutorando em Letras (Estudos Literários) pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Professor do curso de Letras da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul.

Citas

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Publicado

2017-01-30