La epistemología es nosotras por nosotras:

Lprácticas feministas contracoloniales en Educación

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.29148/labor.v1i27.80576

Palabras clave:

Feminismos subalternos;, Descolonización;, Epistemologías

Resumen

Este ensayo parte de la idea de que debemos producir ejercicios de contracolonización para habitar más cómodamente nuestras prácticas de producción de conocimiento dentro de la universidad. Partiendo de la comprensión de que es necesario que el conocimiento se alimente de la vida, trabajaremos aquí con el pensamiento de Nego Bispo, que afirma la importancia de la producción de conocimientos que sean orgánicos en contraposición a los conocimientos sintéticos, aquellos que son traídos desde fuera, sin ser experimentados por quienes deben utilizarlos. Nuestra propuesta es ampliar las gramáticas que definen lo que son las epistemologías, pelando la piel de este concepto para contemplar su porosidad y su apertura a los proyectos epistémicos feministas. En ellas, el rescate de la memoria y de nuestras ancestralidades aparecen como posibilidades para reencantar nuestras investigaciones y denunciar la forma en que los programas normativos de la ciencia masculinista y colonial intentan borrar las huellas que dejamos en el mundo. Concluimos trayendo las inscripciones de una investigación con mujeres ancianas bordadoras, contemplando los bordados que sus palabras han dibujado en nuestros cuerpos. Asumiendo que el conocimiento es autoconocimiento, camino inacabado y trabajo colectivo, concluimos el texto sentadas en los taburetes sin respaldo de las pequeñas memorias sembradas en algún lugar de nosotras por las mujeres-maestras de las enseñanzas forjadas en los bordes.

Biografía del autor/a

Késia dos Anjos Rocha, Universidade Federal de Sergipe - UFS

Doutoranda em Educação na Universidade Federal de Sergipe (UFS), vinculada à linha de pesquisa Educação e Diversidade. Mestra em Educação pela UNESP/Marília/SP. Graduada em História pela UNESP/Assis/SP. Atuou durante oito anos no Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre as Sexualidades (NEPS-Assis/SP.) onde coordenou projetos como o Centro de Referência em Direitos Humanos e combate à homofobia do Sudoeste Paulista. Desenvolve pesquisas na área da Educação com foco nos temas: políticas educacionais, práticas pedagógicas, políticas de escrita e reflexões sobre relações de gênero, sexualidades e raça em interface com dispositivos artísticos e metodológicos como a literatura, artes visuais e a contação de histórias. Teoricamente dialoga com as produções dos estudos queer, feminismos do sul global, feminismos negros e estudos decoloniais. Além disso: feminista; anticolonial; tocadora de tambor, depois de um encontro afetuoso com o maracatu alagoano. Acredito na potencialidade das artes como tecnologias sociais de enfrentamento às diversas opressões e como componente de encantamento com a vida.

Érika Cecília Soares Oliveira, Universidade Federal Fluminense - UFF

Possui graduação em Formação de Psicólogo(a) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997), graduação em Licenciatura Em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1997), Especialização em Psicologia pela Universidade de São Paulo (1999), mestrado em Educação Para a Ciência pela Universidade Estadual Paulista (2001) e doutorado em Psicologia e Sociedade pela Universidade Estadual Paulista (2013). Membro do GT Territorialidades, violências, políticas e subjetividades (ANPEPP-2018).Professora Adjunta no Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas no período de 2016 a 2020. Atualmente é professora Adjunta do Departamento de Fundamentos Pedagógicos da Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense e Professora Permanente no Programa de Pós-Graduação em Psicologia da UFAL. Trabalha na área de Psicologia Social com os seguintes temas: feminismos subalternos e decoloniais, epistemologias do sul, políticas de escrita, gênero e relações étnico-raciais.

Maria Laura Medeiros Bleinroth , Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp-Assis/SP

Doutoranda em Psicologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp-Assis/SP). Possui graduação em Psicologia pela Universidade Federal de Alagoas (2019) e Mestrado em Psicologia pelo Instituto de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas (2021), na linha de pesquisa Subjetividades, Políticas e Processos Psicossociais. Integrante do Grupo de Estudos em Diversidades e Política (EDIS) e do Grupo de Pesquisa GRIETA. Atuou no Centro de Referência Especializado de Assistência Social (2019). Desenvolve estudos na área de Psicologia Social com os seguintes temas: envelhecimento, gênero, educação; sabedorias, oralidades, feminismos subalternos e decoloniais.

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Publicado

2022-07-02

Cómo citar

ROCHA, Késia dos Anjos; OLIVEIRA, Érika Cecília Soares; BLEINROTH , Maria Laura Medeiros. La epistemología es nosotras por nosotras: : Lprácticas feministas contracoloniales en Educación. Revista Labor, [S. l.], v. 1, n. 27, p. 11–28, 2022. DOI: 10.29148/labor.v1i27.80576. Disponível em: http://periodicos.ufc.br/labor/article/view/80576. Acesso em: 17 jul. 2024.

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