Fronteiras impuras

monstro, limite e a fabricação da alteridade em Where the Wild Things Are

Autores/as

Resumen

O objetivo do artigo é discutir os monstros e a monstruosidade na obra de Maurice Sendak, notadamente o livro Where the Wild Things Are (1963). Interessa-nos discutir as implicações entre monstro e cultura na ilustração literária, como uma dinâmica de acesso ao outro. A partir da experiência sensível da alteridade, o trabalho aborda a monstruosidade como um elemento de intersecção sígnica e cultural. O monstro, como elemento da desordem, aparece na obra como uma ruptura de fronteiras ligadas a binarismos identitários. Percebemos isso no contato entre herói e monstro que ocorre na obra: o herói Max transporta-se para uma zona fronteiriça onde disputa questões relacionadas à alteridade, às delimitações culturais de si e do outro, vivenciadas no hibridismo dos corpos. O artigo coloca em diálogo o conceito de fronteira da Semiótica da Cultura e a discussão ontológica sobre o limite, do filósofo Eugenio Trías. Inserida na cultura visual contemporânea, a ilustração literária é analisada a partir de sua materialidade, como um dispositivo de imagem com qualidades estéticas próprias.  

Biografía del autor/a

João Victor de Sousa Cavalcante, UFPE

Doutorando em Comunicação na Universidade Federal de Pernambuco, com pesquisa sobre as figurações políticas da monsturosidade na literatura e na cultura visual. Mestre em Comunicação pela Universidade Federal do Ceará. Graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela mesma instituição e graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual do Ceará. 

Publicado

2021-07-29

Cómo citar

Cavalcante, J. V. de S. (2021). Fronteiras impuras: monstro, limite e a fabricação da alteridade em Where the Wild Things Are. Passagens: Periódico Del Programa De Posgrado En Comunicación De La UFC, 12(1), 92–114. Recuperado a partir de http://periodicos.ufc.br/passagens/article/view/68016

Número

Sección

Dossiê Semiótica e Culturas da Comunicação