Do infame sexual ao fisiológico pudico
a performance do sexo anal sob o olhar midiatizado da estética do liso
DOI :
https://doi.org/10.36517/psg.v15iespecial.93080Résumé
A performance do sexo anal sob o olhar midiatizado da estética do liso é um tema que aborda a relação entre o sexo anal e a mídia, explorando como essa prática é representada e discutida na sociedade contemporânea. A estética do liso refere-se à valorização da aparência física e da imagem corporal, que pode influenciar a forma como o sexo anal é percebido e vivenciado. Assim, o objetivo deste estudo foi identificar a performance do sexo anal e a midiatização da estética de um cu liso ou cabeludo. Para alcançar este objetivo, foi realizada pesquisa qualiquantitativa, num prisma da hermenêutica objetiva virtual, onde as unidades de exploração foram interpretadas pela Análise do Discurso, na ótica de Michel Foucault. Optou-se por trabalhar autores que dialogassem com o corpo, o ânus e a sexualidade, transpassando discussões entre estética e mídias/redes sociais como Rafael Lira Gomes Bastos (2022), Gurit Birnbaum et al., (2018), Gilles Deleuze e Felix Guattari (2012), Jean Luc-Hennig (2014), Jesus Martin-Berbero (2009) e Foucault (1972). A pesquisa analisou 255 respondentes que afirmaram sentirem desejo ou fantasia em fazer sexo anal. Durante a performance sexual a lavagem anal antes do sexo não é realizada e a penetração foi inferida como dolorosa em algumas ocasiões, mesmo com uso de lubrificantes. Em relação à estética do ânus, evidenciou-se que a depilação é uma prática frequente. A não depilação ou ter que penetrar um ânus com pelos, acarreta sensações de incomodados e nojo, mas uma vez penetrado, consegue-se obter prazer. Muitos respondentes acreditam que um ânus sem pelos confere mais prazer e melhor performance sexual. A pesquisa também apontou que as mídias sociais têm influenciado na estética do corpo liso, sem pelos, assim como a indústria pornográfica. É importante ressaltar que as mídias sociais podem desempenhar um papel significativo na vida das pessoas, estabelecendo relações sociais e influenciando as percepções e preferências estéticas. No entanto, é fundamental ter cuidado com os discursos e comentários nas redes sociais, pois podem perpetuar estigmas, homofobia e exclusão.
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(c) Tous droits réservés Passagens: Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Federal do Ceará 2024
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