Quando a casa se torna cidade
a adaptação intercultural do cordel para o cinema de fluxo de O Céu de Suely
DOI:
https://doi.org/10.36517/psg.v13iesp.80630Abstract
O Céu de Suely (2006) ajudou a consolidar o nome de Karim Aïnouz no cinema nacional. Derivada do cordel Ana Paula, a jovem que se rifou para ir morar em São Paulo (1991), de Abraão Batista, a obra marca o segundo encontro entre os autores - a primeira adaptação tomou forma no curta-metragem Rifa-me (2000). Nesse segundo encontro, o realizador acrescentou novas camadas e transpôs para o cinema as particularidades culturais que estão intrinsecamente conectadas à história e ao próprio gênero do cordel em si. Tendo como base a poética do texto escrito, a estética cinematográfica somada ao roteiro que se conecta e expande o conceito de casa proposto por Bachelard e o caminho metodológico proposto por Marcel a partir do conceito de Adaptação Intercultural, buscamos, a partir das noções de cinema de fluxo, entender como foi possível essa produção audiovisual emanar as sensações presentes no cordel através do processo de tradução entre o texto e a imagem-movimento.
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