Programa de Auditório como uma Prática Cultural: gosto de classe, hierarquia simbólica e legitimidade cultural

Autores

  • Maíra Muhringer Volpe

Palavras-chave:

Programa de Auditório, Gosto de Classe, Consumo Cultural

Resumo

Versões brasileiras de programas de auditório com psicólogos no palco, veiculados na televisão aberta e na rádio (com as gravações realizadas num teatro), são vias de acesso profícuas à discussão das práticas culturais e do gosto se forem consideradas as pessoas e os grupos sociais que as integram. Tomando especialmente as produções de Casos de Família (SBT) e Márcia (Bandeirantes), bem como a de No Divã do Gikovate (CBN), discutir-se-ão alguns dos sentidos atribuídos por esses agentes à sua participação, a fim de iluminar não somente hierarquias simbólicas, porém as dimensões de dominação e de violência simbólicas às quais estão submetidos.

Biografia do Autor

Maíra Muhringer Volpe

Pesquisadora Colaboradora Júnior e Bolsista Pós-Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Processos de Desenvolvimento Humano e Saúde (PG-PDS) - Instituto de Psicologia/UnB. É Mestra e Doutora em Sociologia pela FFLCH/US.

Referências

ALMEIDA, Heloísa Buarque de.“Muitas mais coisas”:

telenovela, consumo e gênero. Tese de Doutorado. Departamento

de Antropologia/IFCH, Unicamp, Campinas, 2002.

BERGAMO, Alexandre. Os Artífices da Televisão: Autonomia e

Heteronomia no Campo da Televisão. Tese de Doutorado.

Departamento de Sociologia/FFLCH, Universidade de São Paulo,

São Paulo, 2005.

BOTELHO, Isaura. Os equipamentos culturais na cidade de São

Paulo: um desafio para a gestão pública. Espaços e Debates, Revista

de Estudos Regionais e Urbanos, São Paulo, n. 43/44, 2004.

Disponível em:

<http://www.fflch.usp.br/centrodametropole/antigo/v1/pdf/espaco

_debates.pdf> Acesso em: 1/6/2016.

BOURDIEU, Pierre. Gostos de classe e estilos de vida in:ORTIZ,

Renato (org.). Pierre Bourdieu: Sociologia. São Paulo, Ática,

p.82-121.

_____. Sobre a Televisão. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor,

_____. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil,

_____. A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo:

Edusp; Porto Alegre: Zouk, 2007.

ILLOUZ, Eva. O Amor nos Tempos do Capitalismo. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.

_____. Saving the Modern Soul: therapy, emotions, and the

culture of self-help. California: University of California Press,

HEINICH, Nathalie. La consommation de la célébrité. L’Année

sociologique, Paris, v.61, n.1, p. 103-123,2011. Disponível em:

<http://www.cairn.info/revue-l-annee-sociologique-2011-1-page103.htm>.

Acesso em: 23/2/2012.

LEAL, Ondina Fachel. A Leitura Social da Novela das Oito.

Petrópolis: Vozes, 1986.

MACEDO, Renata Guedes Mourão. Espelho mágico: empregadas

domésticas, consumo e mídia. Dissertação de mestrado.

Departamento de Antropologia Social/FFLCH, Universidade de

São Paulo, São Paulo, 2013.

MARQUES, Eduardo; BICHIR, Renata. Redes de apoio social no

Rio de Janeiro e em São Paulo. Novos estud.-CEBRAP, São

Paulo, n. 90, jul. 2011. Disponível em:

<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-

&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 24/12/2012.

MARTINS, José de Souza. A Sociabilidade do Homem Simples:

Cotidiano e História na modernidade anômala. São Paulo:

Contexto, 2011.

MEHL, Dominique. La télévision de l’intimité. Paris, Éd. du Seuil,

MICELI, Sergio. A Noite da Madrinha e outros ensaios sobre o

éter nacional. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.

MIRA, Maria Celeste. O circo eletrônico: Silvio Santos e o SBT. São

Paulo: Edições Loyola e Ed. Olho D’água.1995.

_____.O moderno e o popular na TV de Silvio Santos in:

RIBEIRO, Ana Paula Goulart; SACRAMENTO, Igor; ROXO,

Marco. (orgs.). História da Televisão no Brasil: do início aos dias

de hoje. São Paulo: Contexto, 2010. p. 159-175.

STYCER, Maurício. O anão do Gugu e outras histórias. Folha de

S.Paulo, 31 mar.2013. Disponível em:

<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mauriciostycer/1254759-oanao-do-gugu-e-outras-historias.shtml>.

Acesso em: 1/4/2013.

Downloads

Publicado

2017-06-07

Como Citar

Muhringer Volpe, M. (2017). Programa de Auditório como uma Prática Cultural: gosto de classe, hierarquia simbólica e legitimidade cultural. Revista De Ciências Sociais, 48(1), 89–125. Recuperado de http://periodicos.ufc.br/revcienso/article/view/18883