Programa de Auditório como uma Prática Cultural: gosto de classe, hierarquia simbólica e legitimidade cultural
Palavras-chave:
Programa de Auditório, Gosto de Classe, Consumo CulturalResumo
Versões brasileiras de programas de auditório com psicólogos no palco, veiculados na televisão aberta e na rádio (com as gravações realizadas num teatro), são vias de acesso profícuas à discussão das práticas culturais e do gosto se forem consideradas as pessoas e os grupos sociais que as integram. Tomando especialmente as produções de Casos de Família (SBT) e Márcia (Bandeirantes), bem como a de No Divã do Gikovate (CBN), discutir-se-ão alguns dos sentidos atribuídos por esses agentes à sua participação, a fim de iluminar não somente hierarquias simbólicas, porém as dimensões de dominação e de violência simbólicas às quais estão submetidos.Referências
ALMEIDA, Heloísa Buarque de.“Muitas mais coisas”:
telenovela, consumo e gênero. Tese de Doutorado. Departamento
de Antropologia/IFCH, Unicamp, Campinas, 2002.
BERGAMO, Alexandre. Os Artífices da Televisão: Autonomia e
Heteronomia no Campo da Televisão. Tese de Doutorado.
Departamento de Sociologia/FFLCH, Universidade de São Paulo,
São Paulo, 2005.
BOTELHO, Isaura. Os equipamentos culturais na cidade de São
Paulo: um desafio para a gestão pública. Espaços e Debates, Revista
de Estudos Regionais e Urbanos, São Paulo, n. 43/44, 2004.
Disponível em:
<http://www.fflch.usp.br/centrodametropole/antigo/v1/pdf/espaco
_debates.pdf> Acesso em: 1/6/2016.
BOURDIEU, Pierre. Gostos de classe e estilos de vida in:ORTIZ,
Renato (org.). Pierre Bourdieu: Sociologia. São Paulo, Ática,
p.82-121.
_____. Sobre a Televisão. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor,
_____. A Dominação Masculina. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil,
_____. A Distinção: crítica social do julgamento. São Paulo:
Edusp; Porto Alegre: Zouk, 2007.
ILLOUZ, Eva. O Amor nos Tempos do Capitalismo. Rio de
Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2011.
_____. Saving the Modern Soul: therapy, emotions, and the
culture of self-help. California: University of California Press,
HEINICH, Nathalie. La consommation de la célébrité. L’Année
sociologique, Paris, v.61, n.1, p. 103-123,2011. Disponível em:
<http://www.cairn.info/revue-l-annee-sociologique-2011-1-page103.htm>.
Acesso em: 23/2/2012.
LEAL, Ondina Fachel. A Leitura Social da Novela das Oito.
Petrópolis: Vozes, 1986.
MACEDO, Renata Guedes Mourão. Espelho mágico: empregadas
domésticas, consumo e mídia. Dissertação de mestrado.
Departamento de Antropologia Social/FFLCH, Universidade de
São Paulo, São Paulo, 2013.
MARQUES, Eduardo; BICHIR, Renata. Redes de apoio social no
Rio de Janeiro e em São Paulo. Novos estud.-CEBRAP, São
Paulo, n. 90, jul. 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-
&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 24/12/2012.
MARTINS, José de Souza. A Sociabilidade do Homem Simples:
Cotidiano e História na modernidade anômala. São Paulo:
Contexto, 2011.
MEHL, Dominique. La télévision de l’intimité. Paris, Éd. du Seuil,
MICELI, Sergio. A Noite da Madrinha e outros ensaios sobre o
éter nacional. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
MIRA, Maria Celeste. O circo eletrônico: Silvio Santos e o SBT. São
Paulo: Edições Loyola e Ed. Olho D’água.1995.
_____.O moderno e o popular na TV de Silvio Santos in:
RIBEIRO, Ana Paula Goulart; SACRAMENTO, Igor; ROXO,
Marco. (orgs.). História da Televisão no Brasil: do início aos dias
de hoje. São Paulo: Contexto, 2010. p. 159-175.
STYCER, Maurício. O anão do Gugu e outras histórias. Folha de
S.Paulo, 31 mar.2013. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/colunas/mauriciostycer/1254759-oanao-do-gugu-e-outras-historias.shtml>.
Acesso em: 1/4/2013.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:- Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Creative Commons Attribution License, que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).