O Consumo da Tradição e a Fruição do “Inautêntico”: cultura e mercado nas festas-espetáculo do ciclo junino no Nordeste
Palavras-chave:
Festa-Espetáculo, Consumo Cultural, Cultura Popular, Tradição, NordesteResumo
Este artigo trata das interfaces entre a consecução das festas-espetáculo do ciclo de festejos juninos no Nordeste e as práticas de consumo cultural que esses megaeventos abrigam. Explora os usos político-culturais e os agenciamentos econômicos do valor de tradição/autenticidade atribuído à cultura popular sertanejo-nordestina. Tais agenciamentos ocorrem com maior regularidade durante a consecução do ciclo de festejos juninos, no qual as festas-espetáculo desempenham um papel decisivo, principalmente em cidades como Caruaru (PE) e Campina Grande (PB). Tais eventos movimentam duas moedas simbólico-econômicas: de um lado, ofertam os conteúdos artístico-culturais que celebram, narram e comercializam os bens da tradição, como o chamado forró pé de serra; de outro, investem nas principais atrações do forró pop-eletrônico, reputado como menos autêntico/tradicional.Referências
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