Na América decolonial: crianças ou infâncias?
Uma interrogação sobre a teorização da fase inicial da vida
DOI:
https://doi.org/10.36517/rcs.50.3.d08Resumo
Este pretende trazer à cena reflexões sobre o desenvolvimento da criança no horizonte histórico de um Brasil decolonial, utilizando a hermenêutica como prática interpretativa de leitura, a propõe-se um diálogo compreensivo entre o pensamento decolonial e fenomenologia. A perspectiva Fenomenológico Existencial contribui para pensar a criança como ser-no-mundo rompendo com a criança esquadrinhada pelas teorias do desenvolvimento infantil. Estudos pós-coloniais e decoloniais propuseram investigar o sentido histórico no qual estamos, desenvolvendo críticas a um modelo eurocêntrico originadas no interior das crises políticas, econômicas e sociais. A invisibilidade da diferença impede de se debruçar sobre o assunto que se revela constantemente, pensar numa criança a partir da sua cultura, promove direitos humanos, regras e políticas públicas.
Palavras-chave: Desenvolvimento da Criança; Cultura; Deco-
lonialismo; Fenomenologia; Heidegger
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