Desigualdade categórica e reserva de oportunidade no Concurso de Admissão à Carreira Diplomática
DOI:
https://doi.org/10.36517/rcs.52.2.a02Palavras-chave:
Desigualdade, Diplomacia, Instituto Rio Branco, Concurso de Admissão à Carreira DiplomáticaResumo
O artigo objetiva discutir o acesso à carreira diplomática no Brasil, através da análise do perfil de candidatos e aprovados no período de 2014 a 2018. A Teoria da Desigualdade, de Charles Tilly, foi o pressuposto teórico adotado, suportado pelas teorias de Göran Therborn e Pierre Bourdieu. Os Guias de Estudo, documentos elaborados pelas turmas de aprovados, foram a principal fonte de dados. Conclui-se que o perfil atual do diplomata brasileiro se configura pelas seguintes características: homem, branco, advogado ou internacionalista, oriundo da região Sudeste, que pôde dedicar-se integralmente à preparação para o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD) sem trabalhar e que teve condição de acessar o conhecimento exigido à carreira através das instituições escolares, culturais e de cursinhos preparatórios.
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