Educação em Direitos Humanos a partir do contexto da Améfrica Ladina
devemos queimar as estátuas dos filósofos do cânone?
DOI:
https://doi.org/10.36517/rcs.54.2.d03Palavras-chave:
Colonialismo; Racismo/Sexismo Epistêmico; Educação em Direitos Humanos.Resumo
Este artigo tem por objetivo analisar reflexivamente um relato de experiência docente no contexto de uma pós-graduação em Educação em Direitos Humanos (EDH), a partir da disciplina Pedagogias e Formação Docente. Os processos formativos da disciplina partiram do princípio de que a ciência em seu sentido hegemônico está ancorada no positivismo e no reducionismo e tem como cerne o viés do racismo/sexismo epistêmico. Inspiradas por abordagens que emergem no contexto da Améfrica Ladina, mas também pela Análise Institucional Francesa e pelo recurso da perspectiva interseccional, defendemos que ensinar e fazer ciência corresponde a um lugar político e social. Nossas conclusões apontam para uma EDH conectada ao território da Améfrica Ladina, utilizando como “lenha” experiências emergentes dos disparadores dos debates, tais como os temas raça e gênero, e uma postura ética-estética-política de questionamento da tradição ocidental hegemônica.
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