A Exploração comercial marítima e os negócios ultramarinos na Espanha do século XVIII
Abstract
Na época do descobrimento da América, a Espanha era economicamente deficitária, no âmbito do relacionamento capitalístico europeu. A montagem de seu império ultramarino, nos primeiros séculos, e o controle exercido sobre vastas regiões, não alteraram aquela insuficiência. A anemia econômico-financeira da monarquia espanhola foi, até 1700, bem clara tanto para ingleses e franceses, quanto para os próprios súditos da Coroa. Competiam aquelas nações pelo controle do comércio com o mundo ibérico. Antes do século XVIII seria a França que proporcionava à Espanha maior quantidade de produtos de importação que, apesar de não haver conseguido estabelecer nenhuma posição de valor no Novo Mundo, não obstante as tentativas e persistente atuação de piratas e corsários, notadamente em certas áreas geoeconômicas do Caribe, que se prestavam à atividade dos "ladrões-do-mar". A partir daquela época estabeleceu-se evidente disparidade entre o poderio naval inglês e francês. As transformações por que havia passado a Grã-Bretanha levaram-na a explorar territórios que, não apenas ela, mas outras grandes potências comerciais da Europa Ocidental reconheciam como uma das maiores fontes, real e potencial, de matérias-primas, mercados de consumo e abastecimento de ouro e prata - o império colonial da Espanha na América...
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